Bloomberg — As ações europeias operam em alta nesta terça-feira (23) após dados mostrarem que o setor privado da zona do euro se expandiu no ritmo mais rápido em 16 meses. O ouro superou os US$ 3.770 a onça, e caminha para seu melhor mês desde 2020.
O rendimento dos Treasuries de 10 anos dos EUA recuou dois pontos-base, para 4,13%, acompanhando a alta dos títulos globais. O dólar se manteve estável, com poucas variações entre as principais moedas. As ações americanas operam perto da estabilidade.
O avanço do ouro ganhou novo fôlego na terça-feira, depois que a Bloomberg News informou que o Banco Popular da China busca se tornar custodiante de reservas soberanas estrangeiras, e têm buscado países aliados para comprar ouro e armazená-lo dentro de suas fronteiras.
Investidores têm buscado ouro diante da perspectiva de cortes rápidos nos juros nos EUA, o que aumenta o apelo por ativos considerados mais seguros e que não pagam rendimentos.
O metal precioso também atrai demanda de porto seguro em meio à turbulência geopolítica e à pressão do governo Trump sobre o Federal Reserve para reduzir as taxas, alimentando temores de inflação.
Os traders aguardam novos sinais do Fed antes de um discurso do presidente Jerome Powell na terça-feira, enquanto a temporada de balanços se aproxima como o próximo grande teste para as ações.
Também está no radar o primeiro de três leilões de dívida de curto prazo, começando com a venda de US$ 69 bilhões em notas de dois anos.
“O cenário entre classes de ativos é definido pela dualidade entre o sentimento impulsionado pela tecnologia, representado pelo papel desproporcional da Nvidia na IA, e o escrutínio das políticas sobre a independência do Fed”, escreveu o estrategista de pesquisa da Pepperstone, Ahmad Assiri.
“As ações continuam desfrutando de um viés positivo, o dólar luta para ganhar tração, enquanto o ouro se consolidou como o ativo mais convincente do mercado.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (23 de setembro):
- Zona do euro avança. O setor privado acelerou no ritmo mais rápido em 16 meses em setembro, com impulso dos serviços na Alemanha, enquanto a França voltou a mostrar sinais de enfraquecimento. Apesar do avanço, a indústria segue em contração e, segundo a Bloomberg Economics, a recuperação pode levar a um novo corte de juros.
- Impacto das tarifas. A OCDE disse que a economia global ainda enfrentará um impacto significativo com as medidas comerciais de Donald Trump, embora tenha mostrado resiliência acima do esperado nos últimos meses. Para 2026, a entidade prevê desaceleração do PIB mundial para 2,9% e da economia americana para 1,5%.
- Auterion avança em captação. A startup suíça de software para drones militares captou US$ 130 milhões o que a levou a uma avaliação de US$ 600 milhões. A empresa já fornece tecnologia para Ucrânia e Taiwan e fechou contrato de US$ 50 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA, além de parcerias na Europa.
🔘 As bolsas ontem (22/09): Dow Jones Industrials (+0,14%), S&P 500 (+0,44%), Nasdaq Composite (+0,70%), Stoxx 600 (-0,13%), Ibovespa (-0,52%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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