Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta sexta-feira (27), com os EUA se aproximando de acordos comerciais, enquanto aumentam as expectativas de cortes nos juros pelo Fed ainda neste ano.
Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 avançou 0,9%, com todos os setores em alta. Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a inflação subiu levemente na França e na Espanha, mas não o suficiente para preocupar autoridades do Banco Central Europeu, que mantêm o otimismo de que a meta de 2% será atingida de forma sustentável em 2025.
Os futuros do S&P 500 subiram 0,2% após o índice se aproximar de um novo recorde, impulsionado pelas expectativas de afrouxamento monetário pelo Fed.
O Nasdaq 100 já havia atingido esse marco na quinta-feira, ajudando o índice global de ações da MSCI a renovar a máxima histórica.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que EUA e China finalizaram um entendimento, e acrescentou que a Casa Branca está perto de fechar acordos com 10 grandes parceiros comerciais, antes do prazo de 9 de julho, quando entram em vigor tarifas recíprocas.
Paralelamente, o Departamento do Tesouro anunciou um acordo com os aliados do G-7 que vai excluir empresas americanas de alguns impostos cobrados por outros países, em troca da retirada da proposta de “taxa de retaliação” do projeto de reforma tributária do ex-presidente Donald Trump.
“Havia receio de que as tarifas de retaliação tornassem muito mais difícil para empresas e indivíduos investirem nos EUA, pois aumentaria suas alíquotas”, disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da Xtb.
“Ainda há mais acordos comerciais a serem fechados, por exemplo com a União Europeia, mas as coisas estão caminhando na direção certa.”
Entre os destaques individuais na Europa, ações do setor de vestuário esportivo como Adidas, Puma e JD Sports Fashion subiram após a Nike afirmar que a queda nas vendas, que já dura um ano, começa a dar sinais de estabilização.
Os Treasuries recuaram após a alta da quinta-feira. Um índice do dólar ficou praticamente estável após quatro sessões consecutivas de queda, caminhando para o sexto mês seguido de desvalorização.
Os movimentos da quinta-feira foram impulsionados por dados econômicos dos EUA que reforçaram a perspectiva de cortes de juros. O mercado de swaps já precificou totalmente dois cortes adicionais este ano e aumentou as apostas em um terceiro.
Diversos dirigentes do Fed indicaram nesta semana que ainda serão necessários mais alguns meses para ter confiança de que os aumentos de preços provocados por tarifas não pressionarão a inflação de forma persistente. Economistas projetam que o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) — excluindo alimentos e energia, a medida preferida do Fed — registre o período de três meses mais brando desde a pandemia, há cinco anos.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de sexta-feira (27 de junho):
- Negociações comerciais avançam. Os Estados Unidos e a China concluíram um acordo comercial firmado no mês passado em Genebra, segundo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Ele acrescentou que a Casa Branca deve fechar, em breve, novos acordos com mais 10 grandes parceiros comerciais.
- Híbridos impulsionam Toyota. As vendas da montadora alcançaram um patamar recorde pelo terceiro mês consecutivo em maio, impulsionadas pela forte demanda por veículos híbridos nos EUA, no Japão e na China. Apesar do resultado, a montadora segue tentando mensurar o impacto das tarifas de Trump.
- Ouro passa por correção. O metal precioso recua 1,2% nesta sexta-feira, e acumula uma queda de cerca de 2,4% na semana com o maior apetite ao risco dos investidores. Apesar dos recuos recentes, o ouro registra alta de mais de 25% no ano, cerca de US$ 200 abaixo da máxima histórica de abril.

🔘 As bolsas ontem (26/06): Dow Jones Industrials (+0,94%), S&P 500 (+0,80%), Nasdaq Composite (+0,97%), Stoxx 600 (+0,09%), Ibovespa (+0,99%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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