Ações globais operam em queda após Trump ameaçar dobrar tarifas sobre o aço

“Justo quando achávamos que o barulho em torno das tarifas estava diminuindo, os eventos recentes mostraram que os investidores não devem dar nada como garantido”, disse Daniel Murray, CEO da EFG Asset Management

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Bloomberg — As ações globais operam em queda nesta segunda-feira (2), à medida que o agravamento das tensões comerciais e da incerteza geopolítica reduz o apetite dos investidores por ativos de risco.

A incerteza provocada pela política comercial do presidente Donald Trump voltou a crescer depois que China e Estados Unidos se acusaram mutuamente de violar o acordo comercial firmado no mês passado.

Trump também afirmou que dobraria as tarifas sobre importações de aço e alumínio. Enquanto isso, a Ucrânia realizou uma série de ataques dentro da Rússia, usando drones escondidos em caminhões para atingir bases aéreas estratégicas.

“Justo quando achávamos que o barulho em torno das tarifas estava diminuindo, os eventos recentes mostraram que os investidores não devem dar nada como garantido”, disse Daniel Murray, CEO da EFG Asset Management, em Zurique.

A posição líquida agregada em 10 pares de moedas e no índice do dólar indica que o crescimento mais fraco dos EUA e os cortes de juros devem empurrar a moeda americana para os níveis vistos durante a pandemia de Covid-19, segundo estrategistas do Morgan Stanley. Eles projetam que o dólar cairá cerca de 9% até esta mesma época no próximo ano.

“Achamos que os mercados de juros e câmbio iniciaram tendências expressivas e duradouras, o que levou o dólar muito mais para baixo e tornando as curvas de juros mais inclinadas, após dois anos de movimentos laterais dentro de faixas amplas”, escreveram os analistas.

Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (2 de junho):

- Nova aquisição da Sanofi. A farmacêutica concordou em comprar a Blueprint por US$ 9,1 bilhões, em mais um passo para expandir sua atuação em doenças imunológicas raras. A Sanofi pagará US$ 129 por ação, o que representa um prêmio de 27% sobre o preço de fechamento de sexta-feira.

- BYD sob pressão. As ações da montadora acumulam queda de mais de 17% na última semana, em meio a preocupações de que os cortes de preços promovidos pela empresa estejam se tornando insustentáveis para a indústria chinesa de veículos elétricos.

- Mudança na Dior. A empresa nomeou Jonathan Anderson como diretor criativo das linhas femininas e das coleções de alta costura, enquanto sua controladora, a LVMH, busca reavivar o crescimento da marca, que enfrenta dificuldades. Antes disso, ele comandava a linha masculina da Dior.

🔘 As bolsas na sexta-feira (30/05): Dow Jones Industrials (+0,13%), S&P 500 (-0,01%), Nasdaq Composite (-0,32%), Stoxx 600 (+0,14%), Ibovespa (-1,09%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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