Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta segunda-feira (3) após o Federal Reserve cortar os juros e adotar um tom de cautela na semana passada.
Os futuros do S&P 500 avançavam à medida que o pregão de novembro começava, depois de o índice de referência ampliar seu recorde impulsionado pelo otimismo em torno dos lucros ligados à inteligência artificial.
As ações europeias também subiam, com os preços mais firmes do petróleo elevando as companhias de energia. Os títulos globais recuavam, com os rendimentos dos Treasuries de 10 anos dos EUA subindo um ponto-base, para 4,09%. O ouro se recuperava e o dólar permanecia estável.
O rali das ações se estendeu em outubro, ignorando preocupações com o comércio e com avaliações esticadas, já que gigantes de tecnologia como Amazon.com e Microsoft superaram as expectativas.
Relatórios do setor privado nesta semana — em meio à paralisação em curso do governo dos EUA — devem oferecer pistas sobre o mercado de trabalho, depois de o presidente do Fed, Jerome Powell, ter alertado contra assumir um corte de juros em dezembro.
“Houve alguma decepção após as palavras do presidente do Federal Reserve, mas o mercado vai digerir isso e se reposicionar”, disse Guillermo Hernandez Sampere, chefe de trading da gestora MPPM. “Os próximos desdobramentos no mercado de trabalho então passarão a ocupar o centro das atenções.”
O que dizem os estrategistas da Bloomberg:
Depois de três meses de relativa calmaria, o mercado cambial voltará a ganhar atenção nesta semana, em meio a uma agenda mais tranquila de balanços.
O Bloomberg Dollar Spot Index provavelmente atingirá o maior nível em seis meses, com as principais faixas cambiais rompendo em várias direções. O iene deve continuar sob pressão.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (03 de novembro):
- Alphabet aumenta aposta em IA. A controladora o Google busca captar € 3 bilhões em uma nova emissão de títulos na Europa para financiar investimentos em inteligência artificial e nuvem. A operação inclui seis tranches com prazos entre 3 e 39 anos. A empresa prevê gastos de capital entre US$ 91 bilhões e US$ 93 bilhões em 2025.
- Pine Labs em busca de IPO. A provedora indiana de pagamentos digitais apoiada por Mastercard e PayPal, planeja captar US$ 439 milhões em sua oferta pública inicial em Mumbai. listagem ocorre em meio à expansão da digitalização na Índia e a um mercado aquecido para fintechs.
- BP reduz exposição nos EUA. A petrolífera concordou em vender participações em ativos de xisto nos EUA para a Sixth Street por US$ 1,5 bilhão, em uma estratégia para fortalecer o balanço e recuperar a confiança dos investidores. O movimento faz parte de um plano de desinvestimento de US$ 20 bilhões até 2027.
🔘 As bolsas na sexta-feira (31/10): Dow Jones Industrials (+0,09%), S&P 500 (+0,26%), Nasdaq Composite (+0,61%), Stoxx 600 (-0,51%), Ibovespa (+0,51%)
→ Assine a newsletter matinal Breakfast, uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque em negócios e finanças no Brasil e no mundo.
-- Com informações da Bloomberg News.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também:
Do cenário eleitoral a riscos fiscais: a visão do CEO do BTG Pactual para LatAm
©2025 Bloomberg L.P.