Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta segunda-feira (15), à medida que investidores se preparam para o primeiro de uma série de cortes de juros pelo Federal Reserve.
As bolsas europeias subiram 0,6%, puxadas por um rali em ações de luxo. Os futuros do S&P 500 tiveram leves ganhos. O avanço ocorreu apesar da pressão sobre a Nvidia, após a China afirmar que a fabricante de chips norte-americana violou leis antimonopólio em uma investigação preliminar. O índice MSCI Ásia-Pacífico chegou a superar brevemente o pico de fevereiro de 2021.
Fed e outros bancos centrais no radar
Os títulos franceses tiveram desempenho inferior na Europa após a Fitch Ratings rebaixar a nota de crédito do país em meio à turbulência política. A libra liderou os ganhos entre as principais moedas frente ao dólar. Os Treasuries ficaram praticamente estáveis, com o rendimento do papel de 10 anos em 4,07%.
A grande questão desta semana é se o Fed vai se contrapor às apostas do mercado em uma série de cortes que se estenderiam até o próximo ano, quando os dirigentes se reunirem na quarta-feira.
Os traders estão quase totalmente precificando reduções em cada uma das próximas três reuniões, apostando que o banco central dará mais peso ao enfraquecimento do mercado de trabalho, mesmo com a inflação ainda acima da meta.
“Neste momento do ciclo, más notícias simplesmente não colam”, disse David Kruk, chefe de trading da La Financière de l’Echiquier.
“Estamos prestes a entrar em um ciclo de cortes de juros com forte crescimento de lucro por ação, é um coquetel realmente poderoso.”
Além do Fed, outros bancos centrais estarão no foco. O Banco do Canadá anuncia decisão na quarta-feira, o Banco da Inglaterra na quinta-feira, e o Banco do Japão encerra a semana — completando uma agenda cheia para metade das dez moedas mais negociadas do mundo.
Volatilidade e dados de emprego
Traders não apostam em uma volta da volatilidade nesta semana, mesmo com o vencimento triplo de US$ 5 trilhões marcado para sexta-feira.
A atenção também se voltará para os próximos dados de emprego, em busca de pistas sobre a velocidade e a profundidade dos cortes do Fed.
De acordo com o Citigroup, os mercados de opções estão precificando um movimento de 0,78% para o relatório de folha de pagamento não-agrícola dos EUA em 3 de outubro e de 0,72% para a decisão de juros do Fed nesta quarta-feira.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (15 de setembro):
- Pequim amplia ofensiva contra chips.A China concluiu que a Nvidia violou leis antimonopólio na aquisição da Mellanox em 2020. No fim de semana,Pequim também abriu uma investigação antidumpingsobre o setor de chips dos EUA. As ações da empresa caíram cerca de 2% no pré-mercado.
- JPMorgan rebaixa Labubu.As ações da Pop Mart caíram cerca de 9% em Hong Kong, o que reduziu em US$ 13 bilhões o seu valor de mercado, após o JPMorgan ter rebaixado o rating da fabricante chinesa de brinquedos para “neutro”. Mesmo após a queda, a empresa ainda acumula alta de mais de 180% no ano.
- Apple na mira da Xiaomi.A fabricante chinesa apresentará a série 17 de celulares premium neste mês, em uma estratégia para disputar com o iPhone 17 da Apple. Apesar do domínio de 62% da rival americana no segmento, a Xiaomi tem acelerado as vendas, sobretudo no mercado chinês.
🔘 As bolsas ontem (11/09): Dow Jones Industrials (+1,36%), S&P 500 (+0,85%), Nasdaq Composite (+0,72%), Stoxx 600 (+0,55%), Ibovespa (+0,56%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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