Bloomberg — As ações globais operam em queda nesta terça-feira (28) enquanto os investidores aguardam os balanços corporativos das gigantes de tecnologia dos EUA e da decisão de política monetária do Federal Reserve.
O índice Stoxx Europe 600 recuou após fechar em máxima histórica, com ações de matérias-primas liderando as quedas à medida que o petróleo bruto recuou, junto com ouro e prata.
Os futuros do S&P 500 ficaram perto da estabilidade depois que o indicador atingiu um recorde, com negociadores de China e EUA preparando uma série de vitórias diplomáticas para Donald Trump e Xi Jinping anunciarem em uma cúpula nesta semana.
Entre os destaques na Europa, a Novartis caiu após a farmacêutica suíça ficar abaixo das estimativas de lucro.
O BNP Paribas recuou depois de sua unidade de trading sofrer com créditos problemáticos, elevando provisões para perdas. O HSBC Holdings Plc subiu após elevar sua projeção de lucro, enquanto a francesa Capgemini SE e a espanhola Iberdrola SA avançaram após superarem expectativas. A alemã Nordex SE saltou mais de 10% após elevar suas projeções.
O alívio nas tensões comerciais ajudou a impulsionar o rali das ações, enquanto as empresas americanas têm sido amplamente poupadas pelos efeitos das tarifas, protegendo margens com aumentos de preços e cortes de custos. Esse otimismo deve passar por teste nesta semana, com o mercado em busca de sinais no Fed sobre o ritmo dos cortes de juros.
“Embora sinais de euforia estejam surgindo nos mercados de ações, vemos isso como um comportamento típico de final de ciclo, e não como alerta de recessão iminente, já que os fundamentos corporativos continuam sólidos”, disse Patrick Brenner, diretor de investimentos multiativos da Schroder Investment Management.
“Mantemos nossa posição comprada em ações”, afirmou ele, destacando que “os lucros corporativos seguem favoráveis”.
O iene ganhou força contra o dólar após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e a recém-nomeada ministra das Finanças do Japão, Satsuki Katayama, discutirem a volatilidade cambial. O índice Bloomberg Dollar Spot recuou pelo segundo dia seguido, enquanto os rendimentos dos Treasuries permaneceram estáveis.
O yuan chinês subiu ao maior nível em quase um ano, apoiado pelo otimismo em relação a um possível acordo comercial entre China e EUA. O ouro seguiu abaixo de US$ 4.000 a onça, com o progresso nas negociações reduzindo a demanda por ativos de proteção.
Nesta quarta e quinta-feira, cinco empresas que representam cerca de um quarto do índice de referência dos EUA — Microsoft, Alphabet, Meta Platforms, Amazon e Apple — divulgam resultados. Um indicador das “Sete Magníficas” saltou 2,6% na segunda-feira.
“Com o Fed no caminho dos cortes de juros, a continuidade da alta parece depender da bateria de balanços de peso desta semana”, disse Chris Larkin, da E*Trade, do Morgan Stanley.
O cobre, considerado termômetro do crescimento global, avançou e negocia cerca de US$ 60 abaixo do recorde do ano passado, enquanto investidores avaliam o arrefecimento das tensões comerciais entre EUA e China.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (28 de outubro):
- Intel em reestruturação. O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, disse que trabalha para “reorientar” a empresa de chips em engenharia após dificuldades com a complacência e a má administração. Ele aposta em inteligência artificial e no negócio de fundição para disputar espaço com as rivais de Taiwan.
- Japão no horizonte dos EUA. Trump reforçou a aliança com o Japão e elogiou a nova premiê Sanae Takaichi por seus planos de ampliar os gastos com defesa. “Qualquer coisa que queiram, qualquer favor que precisem, qualquer coisa que eu possa fazer para ajudar o Japão, nós estaremos lá”, disse o presidente americano.
- Trabalho presencial no JP Morgan. O CEO do banco, Jamie Dimon, defendeu o retorno total ao escritório e disse que profissionais jovens aprendem menos quando trabalham de casa. Ele afirmou que a convivência presencial é essencial para mentorias e conversas francas entre líderes.
🔘 As bolsas ontem (27/10): Dow Jones Industrials (+0,71%), S&P 500 (+1,23%), Nasdaq Composite (+1,86%), Stoxx 600 (+0,22%), Ibovespa (+0,55%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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