Bloomberg — As ações dos EUA operam em alta nesta segunda-feira (13), após o presidente Donald Trump ter amenizado suas ameaças tarifárias contra Pequim, o que sinaliza disposição para negociar e aliviar as tensões. O ouro atingiu uma nova máxima histórica.
Os futuros do S&P 500 subiram 1,4% após o índice de referência sofrer sua maior queda desde abril.
Os contratos do Nasdaq 100 avançaram até 2,3%.
Os futuros dos Treasuries recuaram, com a negociação dos títulos do Tesouro dos EUA suspensa devido ao feriado do Dia de Colombo. Apesar do clima mais calmo, a busca por segurança continuou: o ouro ultrapassou US$ 4.070 por onça.
Em outros mercados, os títulos franceses permaneceram estáveis enquanto o presidente Emmanuel Macron anunciava um novo gabinete para conter uma crescente crise política. A prata disparou para o maior nível em décadas, impulsionada por um short squeeze histórico em Londres que ampliou um forte rali acumulado no ano.
As criptomoedas se recuperaram após as vendas do fim de semana. O dólar se estabilizou.
Metais preciosos em disparada
Os ativos de risco se recuperaram à medida que o governo Trump suavizou o tom em relação à China, após ameaçar impor uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos do país em resposta aos recentes controles de exportação.
Grandes quedas têm sido raras ultimamente, com o S&P 500 sustentado pelo otimismo em torno da inteligência artificial e das perspectivas de cortes nas taxas de juros nos EUA.
“Embora os temores dos investidores ainda não tenham sido totalmente dissipados, há um reconhecimento de que a situação atual difere da de abril”, disse Geoff Yu, estrategista macro sênior do BNY.
“Parece haver várias saídas possíveis. É hora de gerenciar riscos, mas não de entrar em pânico.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (13 de outubro):
- Demissões de servidores nos EUA. O presidente Donald Trump iniciou demissões em massa de cerca de 4.100 funcionários federais durante o shutdown do governo. A medida afeta órgãos como Tesouro, Comércio e Saúde e intensifica o impasse sobre o orçamento federal.
- Crise na França. O presidente Macron nomeou um novo gabinete e Sebastien Lecornu como primeiro-ministro em meio à pior crise política de seu mandato e à necessidade de aprovar o orçamento, que se tornou crucial para preservar a credibilidade fiscal da França. Lecornu enfrenta o risco de um novo voto de desconfiança.
- Cessar-fogo em Gaza. O Hamas libertou 20 reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza, após um acordo mediado pelos Estados Unidos no fim da semana passada. O acordo prevê também a devolução dos corpos dos reféns mortos e busca encerrar o conflito de dois anos na região.
🔘 As bolsas na sexta-feira (10/10): Dow Jones Industrials (-1,9%), S&P 500 (-2,71%), Nasdaq Composite (-3,56%), Stoxx 600 (-1,25%), Ibovespa (-0,73%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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