Submarino desaparecido: tripulação não sobreviveu, diz Guarda Costeira

Conclusão veio após uma análise de detritos encontrados debaixo d’água nesta quinta (22), vistos por meio de um dispositivo controlado remotamente

Esforços de busca da Guarda Costeira dos EUA para o submarino desaparecido perto do Titanic
Por Guillermo Molero - Angus Whitley
22 de Junho, 2023 | 05:19 PM

Bloomberg — Os cinco tripulantes do submarino desaparecido que se dirigia ao Titanic morreram devido à uma “implosão catastrófica” de seu navio.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos chegou a essa conclusão depois de examinar detritos encontrados debaixo d’água nesta quinta-feira (22), que foram vistos por meio de um dispositivo controlado remotamente. Os destroços foram encontrados a 488 metros da proa do Titanic.

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“Notificamos imediatamente as famílias”, disse o contra-almirante John Mauger em um briefing nesta quinta. “Em nome da Guarda Costeira dos EUA e de todo o comando unificado, ofereço meus mais profundos sentimentos.”

A saga do submarino desaparecido conhecido como Titan despertou o fascínio global quando uma frota internacional de navios e aeronaves vasculhou desesperadamente uma área do Atlântico Norte com o dobro do tamanho do estado de Connecticut.

As equipes de resgate correram contra o tempo, preocupadas com o fato de que o suprimento estimado de oxigênio de 96 horas do Titan estava diminuindo depois que ele perdeu contato com o navio de pesquisa canadense Polar Prince no domingo, 18 de junho.

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A Guarda Costeira dos EUA disse no início da semana que sons não identificados foram detectados durante a busca, mas esses ruídos não estavam ligados à embarcação desaparecida.

A bordo do Titan estavam Hamish Harding, 58, do Reino Unido, fundador da firma de investimentos Action Group e um ávido aventureiro; o especialista marítimo francês Paul-Henry Nargeolet, 77; Stockton Rush, 61, diretor executivo da OceanGate, que comandou a expedição; além de Shahzada Dawood, 48, e Suleman Dawood, 19, pai e filho de uma das famílias mais importantes do Paquistão.

“Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse a OceanGate Expeditions, operadora da missão, em comunicado.

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“Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que os conheciam”.

O Titan, uma embarcação de 6,7 metros de comprimento feita de fibra de carbono e titânio, foi projetada para transportar um piloto e quatro tripulantes a uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.120 pés).

De acordo com o site da OceanGate, um sistema a bordo foi capaz de rastrear a saúde da tripulação e fornecer “detecção de alerta precoce para o piloto com tempo suficiente para interromper a descida e retornar com segurança à superfície”.

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Mas nenhuma mensagem foi recebida depois que uma nave-mãe na superfície perdeu todas as comunicações com o Titan, em 18 de junho, cerca de 1 hora e 45 minutos depois de começar a mergulhar em direção ao Titanic, que afundou em 1912 em sua primeira viagem transatlântica.

A OceanGate diz que oferece expedições de 10 dias ao local do Titanic, proporcionando a “exploradores qualificados” a oportunidade de ingressar como especialistas em missões.

Suas taxas garantem o treinamento e a participação da equipe científica que explora o navio que afundou em 1912 em sua viagem transatlântica inaugural após bater em um iceberg.

A OceanGate também realizou expedições para explorar o naufrágio em 2021 e 2022, de acordo com seu site.

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