Quais são os países mais competitivos da América Latina? Brasil fica fora do ‘top 5’

Lista ADEN avalia cobertura das necessidades básicas, aspectos institucionais, infraestrutura, estabilidade macroeconômica, saúde, educação, expectativas da população, concorrência de mercado, eficiência nas relações de trabalho e acesso à tecnologia

Transeúntes en Santiago Centro, el 24 de mayo de 2025.
16 de Julho, 2025 | 10:27 AM

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Bloomberg Línea — O Chile voltou a liderar o Ranking de Competitividade ADEN para a América Latina 2025, uma medição elaborada anualmente pelo Instituto de Competitividade dessa rede de educação empresarial, com base em 125 variáveis agrupadas em dez áreas-chave.

Desde 2010, essa classificação visa determinar o posicionamento competitivo dos países latino-americanos com base em: cobertura das necessidades básicas, aspectos institucionais, infraestrutura, estabilidade macroeconômica, saúde, educação, expectativas da população, concorrência de mercado, eficiência nas relações de trabalho e acesso à tecnologia.

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O Brasil aparece apenas em sétimo lugar na lista, atrás de países como México e Argentina. Ele é apontado como parte de um grupo intermediário de nações com competitividade heterogênea e um exemplo e país que tem perdido potencial ao longo dos anos.

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Embora o Chile lidere a lista, desde 2013, o país registrou uma ligeira queda em sua pontuação, diminuindo a diferença com outras economias líderes da região.

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Uruguai, Costa Rica e Panamá estão em segundo, terceiro e quarto lugar, respectivamente, formando um grupo altamente competitivo que conseguiu se recuperar da pandemia mais rapidamente do que o resto da região desde 2020.

Ranking de competitividadPontuação em um total de 100 pontos possíveisPontuação base=100 para N°1
Chile81,0100
Uruguai77,696
Costa Rica75,793
Panamá72,289
México68,384
Argentina67,884
Brasil67,183
Peru66,682
Colômbia66,282
República Dominicana65,681
Paraguai62,978
El Salvador61,876
Equador61,376
Guatemala59,774
Honduras58,976
Nicarágua58,873
Bolívia57,971
Venezuela48,960

O México continua em quinto lugar, mas sua pontuação diminuiu em relação às edições anteriores, aproximando-o do Brasil, Argentina, Colômbia e Peru, que formam um bloco intermediário com competitividade heterogênea. A República Dominicana se junta a esse grupo.

Paraguai, El Salvador e Equador, por outro lado, estão na parte inferior da classificação, com problemas competitivos de longa data que não conseguem melhorar para avançar na classificação.

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Guatemala, Honduras, Nicarágua e Bolívia formam o grupo de países com alguns dos atrasos competitivos mais acentuados, cada um em graus variados e com dinâmicas diferentes, decorrentes de problemas de insegurança, instabilidade macroeconômica, aspectos institucionais e infraestrutura.

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Aqui também, as distâncias entre as pontuações são pequenas e as posições podem mudar no futuro em resposta a mudanças em variáveis específicas. No entanto, a Bolívia, que recentemente entrou para esse grupo em virtude de melhorias em sua pontuação, destaca-se desse grupo.

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A Venezuela fecha a classificação, com um rebaixamento em sua classificação, marcado por “sérios problemas de instabilidade macroeconômica e graves problemas institucionais”.

Avanços e retrocessos

A competitividade, conforme definida no relatório, é um atributo que muda gradualmente. Embora algumas variáveis possam registrar saltos pontuais, a maioria evolui lentamente ao longo dos anos.

Portanto, o relatório compara as pontuações dos países entre 2012 e 2025, com o objetivo de identificar mudanças estruturais além das oscilações anuais.

Dentro dessa estrutura, cinco países mostram um progresso sustentado ao longo do tempo: República Dominicana, Uruguai, Costa Rica, Paraguai e Bolívia, este último depois de deixar o grupo com o desempenho mais baixo.

Por outro lado, México, Panamá, Brasil, Colômbia e Equador também apresentaram reduções, o que os aproximou dos demais em relação às suas melhores posições anteriores.

O restante dos países avaliados, Chile, Argentina, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador e Peru, mantiveram pontuações “ponto a ponto” relativamente estáveis, embora tenham flutuado durante o período e estejam em posições diferentes na classificação.

A Venezuela continua em último lugar, distanciando-se dos demais e permanecendo em uma posição de forte atraso.

Fátima Romero

Es periodista hondureña con experiencia en economía, negocios y finanzas