Nobel de Economia: Teoria que liga inovação a crescimento rende prêmio a trio

Pesquisadores de universidades dos EUA, Reino Unido e França são premiados por conectar inovação e produtividade em modelo de crescimento sustentado

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Bloomberg — Três acadêmicos de ambos os lados do Atlântico dividirão o Prêmio Nobel de Economia de 2025 por seu trabalho sobre o papel da inovação na geração de crescimento econômico.

Joel Mokyr, da Universidade Northwestern, Philippe Aghion, da London School of Economics e do INSEAD, em Paris, e Peter Howitt, da Universidade Brown, foram reconhecidos “pela teoria do crescimento sustentado por meio da destruição criativa”, informou a Academia Real de Ciências da Suécia em comunicado nesta segunda-feira.

“Ainda estou sem palavras”, disse Aghion por telefone durante a coletiva de imprensa, em sua primeira reação após saber da premiação. Mokyr receberá metade do prêmio de 11 milhões de coroas suecas (US$ 1,2 milhão), enquanto Aghion e Howitt dividirão o restante.

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O prêmio, formalmente conhecido como Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968 pelo banco central sueco. Ele complementa os prêmios anuais concedidos por realizações em física, química, medicina, literatura e paz, instituídos no testamento de Alfred Nobel — o inventor sueco da dinamite, que morreu em 1896.

No ano passado, três acadêmicos baseados nos Estados Unidos dividiram o prêmio por suas pesquisas sobre o impacto dos antigos impérios europeus no crescimento econômico.

Outros laureados notáveis incluem o ex-presidente do Federal Reserve Ben Bernanke, que recebeu o prêmio em 2022 junto com Douglas Diamond e Philip Dybvig por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras. Um ano depois, Claudia Goldin foi premiada por seu trabalho sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres.

Apesar da vitória recente de Goldin, os Prêmios Nobel ainda são criticados pela desigualdade, em um reflexo de como as mulheres foram ofuscadas pelos homens nas ciências por séculos. Apenas três mulheres já receberam o prêmio de economia, o que o torna o segundo mais dominado por homens, atrás apenas do prêmio de física.

-- Em atualização

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