Bloomberg — O presidente Donald Trump disse que o escudo de defesa antimísseis “Golden Dome” deverá estar “totalmente operacional” até o final de seu mandato, afirmando que será capaz de proteger os EUA contra ameaças que incluem mísseis balísticos, hipersônicos e mísseis de cruzeiro avançados.
“Estaremos realmente concluindo o trabalho que o presidente Reagan começou há 40 anos”, disse Trump no Salão Oval, em referência à busca não cumprida de Ronald Reagan por um sistema de defesa antimísseis baseado no espaço, amplamente conhecido como “Guerra nas Estrelas”.
A promessa de Trump é uma meta ambiciosa, já que grande parte da tecnologia de um sistema de defesa antimísseis ainda não foi comprovada, especialmente os planos de interceptores baseados no espaço para derrubar mísseis balísticos que se aproximam.
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O Congresso está buscando US$ 25 bilhões para começar a trabalhar no sistema e Trump disse que ele poderia custar US$ 175 bilhões no total.
Trump selecionou o que chamou de “arquitetura” para o sistema, sem especificar o que era, e disse que ela incluiria “tecnologias de próxima geração em terra, mar e espaço”.
Ele nomeou o general da Força Espacial Michael Guetlein para supervisionar seu desenvolvimento e disse que o Canadá queria fazer parte do programa.
Os detalhes do plano ainda não estão claros, mas o Pentágono já havia desenvolvido planos preliminares para o sistema de defesa aérea e antimísseis em resposta à ordem executiva de 27 de janeiro de Trump, que solicitava a criação do sistema.
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A ideia despertou grande interesse das empresas de defesa, devido aos bilhões de dólares que precisarão ser gastos para desenvolvê-la.
De acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso, os EUA podem ter que gastar até US$ 542 bilhões em 20 anos para desenvolver e lançar esses interceptores baseados no espaço.
A China criticou os EUA sobre os planos para o escudo. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, disse que o programa “viola o princípio do uso pacífico do espaço exterior”, acrescentando que ele dará início a uma corrida armamentista “e abalará a segurança internacional e os sistemas de controle de armas”.
Ela pediu aos EUA que “desistam de desenvolver e implantar” o programa.
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