Bloomberg Línea — O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que desconsidera preços de itens mais voláteis como os de alimentos e energia, subiu 0,3% em agosto na comparação mensal, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho americano.
O resultado veio acima do consenso esperado por economistas consultados pela Bloomberg, de 0,2%, após alta também de 0,2% em julho versus junho.
Na taxa anual, o avanço do núcleo do CPI foi de 3,2%, dentro do consenso da Bloomberg.
Leia mais: Gestoras globais veem ‘momento’ para títulos de emergentes ante corte do Fed
O índice cheio do CPI subiu 0,2% em agosto, também em linha com o consenso das projeções; e 2,5% na base anual, novamente dentro do que os economistas haviam projetado. Economistas veem esse indicador como um melhor medidor da inflação subjacente do que o CPI. A medida tem queda pelo quinto mês consecutivo, puxada para baixo pelos preços mais baixos da gasolina.
Embora a leitura de quarta-feira não impeça o Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros na próxima semana, ela diminui a chance de uma redução drástica. Mesmo assim, os formuladores de políticas deixaram claro que estão altamente focados na fraqueza do mercado de trabalho, que provavelmente será o fator central nas discussões e decisões políticas nos próximos meses. Eles também terão mais dados para considerar até as reuniões de novembro e dezembro.
Os operadores reduziram a probabilidade de que o Fed corte as taxas em meio ponto percentual na próxima semana para quase zero. Os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram, os futuros do S&P 500 caíram ligeiramente e o dólar reduziu suas perdas no dia.
-- Com informações de Bloomberg News