‘Habemus Papam’: Conclave escolhe novo Papa para suceder Francisco

Fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina e indicou que cardeais chegaram a um consenso sobre o novo pontífice em sua quarta votação

World Leaders Gather For Pope Francis Funeral in The Vatican
08 de Maio, 2025 | 01:26 PM

Bloomberg Línea — Cardeais reunidos em Conclave no Vaticano chegaram a um consenso sobre o nome do novo Papa para suceder Francisco, morto no mês passado. O novo papa vai liderar os 1,4 bilhão de fiéis da Igreja Católica espalhados pelo mundo.

A fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina pouco após as 13h (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), provocando comoção entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, segundo informações do Vatican News.

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A escolha do novo pontífice se deu após a terceira votação do dia e a quarta votação geral, iniciada na quarta-feira (7).

A previsão, de acordo com o Vaticano, é que o papa eleito tenha o nome divulgado e apareça na janela central da Basílica de São Pedro ainda nesta quinta.

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Segundo o Vatican News, depois de aceitar sua eleição à Cátedra de Pedro, o novo Pontífice deixará a Capela Sistina e se dirigirá à chamada “Sala das Lágrimas”, onde vestirá uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica. Ali, o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa.

Após as palavras “Habemus Papam” ou “temos um Papa” ecoarem pela praça, o nome do próximo pontífice será lido em latim.

Espera-se que o novo líder da Igreja Católica abandone seu nome de batismo e escolha um novo nome papal, provavelmente de um pontífice anterior, ou de um santo, como símbolo de quem admiram e desejam imitar.

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A escolha do nome dará uma indicação antecipada do tipo de papado a que aspiram, se seguirá os passos de um papa anterior conservador ou se inovará, como o Papa Francisco, que escolheu um nome nunca antes usado e que tinha conotações muito específicas com um santo conhecido por sua humildade e voto de pobreza.

O novo papa terá muito trabalho pela frente, já que enfrenta conflitos internos na Igreja entre facções progressistas e conservadoras em uma infinidade de tópicos, desde divórcio a questões LGBTQ+, além de lidar com fatores externos, desde disputas comerciais até migração e guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

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Isso torna esta eleição ainda mais significativa, já que católicos e não católicos aguardam para ver que tipo de figura emergirá da eleição a portas fechadas. Como nenhum dos cardeais foi autorizado a se comunicar com o mundo exterior durante a votação, não há pistas sobre o que realmente aconteceu.

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Isso visa evitar que os cardeais eleitores sejam distraídos ou influenciados por pressões externas, tanto de eleitores locais quanto de líderes políticos ávidos por usar a persuasão moral da Igreja em todo o mundo a seu favor.

Com informações da Bloomberg News e da Agência Brasil