Bloomberg — A China adicionou mais de uma dúzia de precursores de fentanil a uma lista de exportações controladas para EUA, México e Canadá, em uma aparente medida para implementar os compromissos assumidos em um acordo comercial firmado entre Xi Jinping e Donald Trump no mês passado.
O Ministério do Comércio da China, juntamente com quatro outras agências governamentais, impôs novos requisitos de licença de exportação para o envio de 13 precursores químicos para as três nações norte-americanas, informou a emissora estatal CCTV na segunda-feira (10). As substâncias controladas incluem vários derivados de piperidina e famílias inteiras de compostos relacionados usados na fabricação de fentanil.
Essa medida representa um passo no cumprimento da promessa da China de combater o fluxo de ingredientes opioides sintéticos para os EUA, que Trump citou como motivo para aumentar as tarifas sobre os produtos chineses no início deste ano.
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A taxa dessas tarifas foi reduzida pela metade, para 10%, a partir de segunda-feira, como parte do acordo entre Xi e Trump que estabilizou os laços entre as duas maiores economias do mundo.
Como parte do acordo comercial mais amplo de outubro, Pequim se comprometeu a “tomar medidas significativas para acabar com o fluxo de fentanil para os Estados Unidos”, de acordo com uma declaração da Casa Branca.
O diretor do FBI, Kash Patel, visitou a China na semana passada para discutir as questões de narcóticos e fiscalização, informou a Reuters.
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Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que não tinha informações a fornecer sobre a viagem de Patel, quando perguntado sobre isso em uma coletiva de imprensa regular em Pequim na segunda-feira.
Separadamente, os Estados Unidos e a China suspenderam as taxas portuárias dos navios uns dos outros por um ano e suspenderam as investigações sobre as práticas marítimas, em outro sinal de alívio das tensões.
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