China registra queda de exportações em março, mas embarques de aço saltam

Segundo dados oficiais divulgados nesta sexta (12), as exportações encolheram 7,5% ante março de 2023, enquanto as importações caíram 1,9%

As exportações de aço da China aumentaram 25% em março, para 9,9 milhões de tonelada
Por Bloomberg News
12 de Abril, 2024 | 09:44 AM

Bloomberg — As exportações da China decepcionaram, em geral, em março, mas os embarques de aço deram um salto.

As exportações encolheram 7,5% em relação a março de 2023, enquanto as importações caíram 1,9%, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (12).

Ambos os números ficaram bem abaixo das previsões dos economistas. As exportações de aço, no entanto, aumentaram 25% no mês, para 9,9 milhões de toneladas, e no trimestre, a alta foi de 31% para 26 milhões de toneladas.

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Antes dos dados da balança comercial de março, vários dados vinham alimentando expectativas de melhora da economia. A indústria registrou uma expansão pela primeira vez desde setembro, e grandes bancos como Goldman Sachs (GS) e Morgan Stanley (MS) elevaram suas previsões de crescimento para 2024 esta semana.

“Com as surpresas positivas observadas no início deste ano, ainda achamos que as exportações devem apresentar tendência de recuperação”, afirmou Michelle Lam, economista do Société Générale.

As expectativas de que a China se apoiará na demanda de outros países para cumprir suas metas de crescimento alimentam tensões comerciais com os EUA, Europa e algumas economias emergentes.

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  As importações também vieram mais fracas do que o previstodfd

Além do aço, bens como automóveis e semicondutores – duas áreas nas quais as nações ocidentais também tentam diminuir a concorrência chinesa – as exportações registraram um crescimento de dois dígitos nos primeiros três meses do ano.

As vendas de telefones diminuíram no que diz respeito à receita total em dólar, mas o número de telefones enviados ao exterior aumentou em 6,3% – com as empresas chinesas reduzindo preços.

Já as exportações de fertilizantes lideraram o declínio, com uma queda de 52% no primeiro trimestre. Isto provavelmente reflete o esforço do governo de garantir o abastecimento interno e estabilizar os preços das commodities agrícolas.

--Com a colaboração de Yujing Liu.

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