Bitcoin resiste a selloff, descola de mercados globais e supera os US$ 51 mil

Maior criptomoeda em valor de mercado recuperou pequena correção de terça (13) e era negociada perto do nível mais alto em mais de dois anos

Fatores específicos do setor têm apoiado a cripto, incluindo a estreia de ETFs de bitcoin à vista
Por Suvashree Ghosh - Sidhartha Shukla
14 de Fevereiro, 2024 | 09:53 AM

Bloomberg — O bitcoin (BTC) resistiu a um resultado de inflação acima do esperado nos Estados Unidos que abalou os mercados globais, diminuindo as expectativas de reduções rápidas nas taxas de juros.

O ativo digital era negociado a US$ 51.579, com alta de 3,4% por volta das 9h50 (horário de Brasília) desta quarta-feira (14), próximo ao nível mais alto em mais de dois anos, se recuperando de uma pequena correção desde a divulgação dos dados de preços ao consumidor nos EUA de janeiro.

Em contraste, o índice S&P 500 caiu 1,4% – sua pior performance em um dia com dados do CPI desde setembro de 2022 – enquanto o ouro caiu e os rendimentos dos Treasuries dispararam, à medida que os traders reduziram as expectativas de um corte nas taxas de juros do Federal Reserve antes de julho.

O bitcoin mostrou uma ‘impressionante resiliência mesmo diante da piora do sentimento durante a noite’, escreveu Tony Sycamore, analista de mercado da IG Australia Pty, em uma nota.

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Ao mesmo tempo, análises técnicas baseadas em padrões gráficos sinalizam a possibilidade de um mergulho temporário para a casa dos US$ 30.000, segundo ele.

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Fatores específicos do setor têm apoiado o bitcoin, incluindo a estreia de fundos de índice negociados em bolsa (ETFs) com exposição ao token à vista nos EUA.

O conjunto de produtos de gestoras como BlackRock e Fidelity atraíram um total líquido de US$ 3,3 bilhões desde o início das negociações em 11 de janeiro.

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Enquanto isso, o chamado “halving” do bitcoin, previsto para abril, reduzirá o fornecimento do maior ativo digital, um desenvolvimento considerado por muitos como suporte para os preços.

“Esperamos que o mercado faça uma pausa aqui após uma espetacular alta de quatro meses, antes do próximo halving do bitcoin tomar conta da narrativa”, disse Caroline Mauron, co-fundadora da Orbit Markets.

O bitcoin triplicou de valor desde o início do ano passado em uma forte recuperação depois da queda do ativo digital em 2022. Apostas no mercado de opções indicam que os traders estão visando preços além da máxima de quase US$ 69.000 alcançada em novembro de 2021.

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