Bloomberg — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que deixará o cargo em fevereiro de 2026 para ajudar na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Expressei meu desejo de colaborar com a campanha do presidente Lula e isso é incompatível com a continuidade no ministério”, disse Haddad a jornalistas em Brasília nesta quinta-feira (17).
Haddad, que ocupa o cargo desde o início do mandato de Lula em 2023, é amplamente visto como o herdeiro político do líder de esquerda e alguém que poderia ajudar a desenvolver um plano econômico para outro mandato.
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Lula disse que concorrerá novamente no próximo ano, mas Haddad também poderia estar no “banco de reservas”, caso o líder de 80 anos precise se afastar.
Haddad se recusou a dizer quem ele recomendará a Lula para substituí-lo no ministério.
A decisão já era esperada por investidores.
Haddad disse a Lula que não quer ser candidato em 2026, o que afastou as especulações de que ele poderia concorrer ao cargo de governador de São Paulo, o maior estado do país, e enfrentar em tese Tarcísio de Freitas.
Haddad reafirmou seu compromisso com as metas atuais de superávit orçamentário, antes do pagamento de juros, e atribuiu o crescimento da dívida pública aos altos custos dos empréstimos.
A pressão dos gastos do governo, o mercado de trabalho “apertado” e a inflação acima da meta, com expectativas ainda em processo de “ancoragem”, fazem com que o Banco Central seja cauteloso quanto ao momento de iniciar a flexibilização monetária - a taxa está em 15,00% ao ano, o maior patamar desde 2006.
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