Brasília em Off: a troca nas cadeiras do Banco Central

Nome de Marcelo Kayath, ex-Credit Suisse, ganha força nos bastidores como potencial novo diretor do BC; ele é próximo de Roberto Campos Neto e de Fernando Haddad, segundo fontes

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Bloomberg — O nome do ex-diretor do Credit Suisse e dono da QMS Capital, Marcelo Kayath, circulou nas bolsas de apostas para a diretoria do Banco Central nas últimas semanas. Com o fim dos mandatos de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais, e de Maurício Moura, de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, no final do ano, Kayath surgiu como uma possibilidade.

Ele é próximo do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ainda mais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ainda que ele não venha agora para os quadros do BC, ele não sai do radar da equipe econômica e pode ficar no páreo para o ano que vem, afirma um integrante do governo com conhecimento do assunto.

Kayath é visto como um nome com potencial para presidir a instituição no lugar de Campos Neto, cujo mandato termina no final de 2024.

O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, também próximo de Haddad, é outro nome apontado como candidato ao comando BC a partir de 2025.

Haddad

A ordem dentro do Palácio do Planalto é que se trabalhe para aprovar a agenda do ministro Fernando Haddad. O “fogo amigo Ccontra o ministro diminuiu, afirma um integrante do Planalto, embora ele e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, continuem a se estranhar. Isso, no entanto, é algo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vê como problema. O importante é abrir caminho para a reforma tributária e o plano de transformação ecológica avançarem no congresso.

Popularidade estagnada

Caciques do PT estão preocupados com a estagnação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisas internas do partido em estados como Pernambuco mostram que a melhora da economia não tem se revertido em favor do presidente. Eles avaliam que Lula já poderia ter conquistado o público conservador pela melhora econômica, com queda da inflação e dos juros.

Além disso, pesquisa da Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (25) mostrou queda de 6 pontos percentuais na aprovação do governo Lula entre agosto e outubro. A aprovação foi de 54%, e a desaprovação, de 42%. A área de comunicação do governo é apontada como a responsável pela falta de resultados.

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