Bloomberg — Os futuros do café arábica subiram devido a preocupações com a irregularidade das chuvas no Brasil, o maior produtor, e ao aumento das tensões comerciais entre o país e os EUA.
O clima seco e quente é esperado na maioria das áreas cafeeiras neste fim de semana, e as chuvas previstas para a próxima semana podem não ser generalizadas ou duradouras, de acordo com a empresa de previsão Climatempo.
Isso é preocupante porque os cafeeiros precisam de chuva para florescer, uma etapa crucial no desenvolvimento da cultura.
“Eu realmente aposto que, se não houver boas chuvas nos próximos 10 a 15 dias, o mercado ficará ainda mais intenso e subirá mais”, escreveu o corretor Thiago Cazarini, de Minas Gerais, em um relatório.
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O contrato futuro do café arábica mais ativo subiu quase 3% em Nova York e atingiu o nível mais alto desde 1º de maio. Os preços estão caminhando para um ganho semanal de quase 6%.
Os traders também estão observando as tensões políticas depois que o Supremo Tribunal Federal do Brasil condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro à prisão por planejar um golpe.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o julgamento como uma “caça às bruxas”, quando impôs tarifas de 50% sobre os produtos da nação sul-americana.
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“Os Estados Unidos responderão de acordo”, disse o secretário de Estado Marco Rubio na quinta-feira, após a condenação de Bolsonaro.
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