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Segurança hídrica é inseparável da resiliência climática: os aprendizados da Diageo na COP30

Kristin Hughes, Vice-Presidente Sênior (SVP) e Head Global de Sustentabilidade da Diageo, explica como a COP30 reforçou a relevância da segurança hídrica e da ação coletiva para enfrentar desafios compartilhados

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Produzido por:
Diageo
05 de Dezembro, 2025 | 12:15 PMhá 1 hora
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A COP30 em Belém abriu caminhos para que organizações de diversos setores mostrassem que a agenda climática exige ação imediata e integrada. Os resultados do encontro, traduzidos em compromissos mais claros, metas mais ambiciosas e avanços concretos nas negociações, reforçaram a urgência de conectar água, clima, natureza e pessoas, com impacto direto na estratégia corporativa. Nesse contexto, companhias como a Diageo se comprometeram em manter o foco constante em sustentabilidade, ampliando iniciativas para fortalecer resiliência hídrica, acelerar a transição climática e apoiar comunidades em regiões estratégicas.

No balanço da participação da empresa na COP30, Kristin Hughes, SVP e Head Global de Sustentabilidade da Diageo, destaca três aprendizados essenciais: “A segurança hídrica tornou-se inseparável da resiliência climática.” Secas, enchentes e estresse hídrico já são riscos estruturais, exigindo investimentos contínuos em eficiência, gestão de bacias e resiliência de cadeia, em sintonia com a transição energética.

A Diageo avança em medidas concretas ao ampliar seus projetos de ação coletiva de 12 para 20 iniciativas em bacias prioritárias, envolvendo também fornecedores em áreas críticas. A empresa acelera inovações como o Everpour, que reduz garrafas descartáveis e emissões. Na América Latina, iniciativas no México e no Brasil se destacam por combinar eficiência ambiental, circularidade e regeneração agrícola, reforçando o papel da região na agenda global da empresa.

Hughes também enfatiza o papel da colaboração: “O modelo em que cada empresa tenta resolver seus desafios de forma isolada já não funciona.” Projetos como Charco Bendito, no México, mostram como ações coletivas ampliam o impacto. No Brasil, programas como Glass is Good e a circularidade das garrafas de Ypióca já reciclaram o equivalente a 570 milhões de unidades desde 2019, reduzindo resíduos e fortalecendo uma economia circular.

A dimensão social também segue como pilar central da Diageo, especialmente com o Learning for Life, que capacitou mais de 34 mil pessoas no Brasil e teve edição especial em Belém antes da COP30, capacitando mais de 200 pessoas para o setor de hospitalidade. Para a empresa, sustentabilidade só se concretiza quando clima, natureza e pessoas caminham juntas. Com esse compromisso, a Diageo segue avançando com metas renovadas e visão de longo prazo, como conta Kristin Hughes a seguir.

1) Quais foram os principais aprendizados da COP30 para a Diageo, especialmente em relação à água e resiliência climática?

A COP30 reforçou três aprendizados críticos para o setor empresarial: primeiro, a segurança hídrica tornou-se inseparável da resiliência climática. Ficou muito claro que secas, enchentes e estresse hídrico deixaram de ser eventos ocasionais, e hoje são riscos estruturais. As empresas precisam investir em operações mais eficientes no uso da água, gestão de bacias hidrográficas e resiliência de longo prazo da cadeia de suprimentos, com o mesmo rigor dedicado à transição energética.

Segundo, a colaboração está se tornando uma vantagem competitiva. O modelo tradicional, no qual cada empresa tenta resolver seus desafios de sustentabilidade de forma isolada, já não funciona. Precisamos de parcerias intersetoriais - com governos, comunidades locais e outras empresas - para enfrentar desafios compartilhados: bacias hídricas comuns, infraestrutura comum e vulnerabilidades climáticas comuns.

Durante as negociações da COP30 em Belém, tivemos a satisfação de dialogar com alguns de nossos parceiros de longa data, como WaterAid e The Nature Conservancy, além de parceiros corporativos como PepsiCo e Google, e governos, incluindo representantes do Brasil, do Reino Unido e do México, onde temos operações essenciais.

Terceiro, prestação de contas e transparência estão avançando rapidamente. Investidores e reguladores esperam metas claras e baseadas na ciência para uso da água, impactos na natureza e resiliência climática, não apenas em carbono.

2) Como as discussões da COP30 se conectam à estratégia Espírito do Progresso e às prioridades ESG da Diageo?

As discussões da COP30 dialogaram de forma muito direta com nossas prioridades de negócio. Além de compartilhar nossa experiência e nossos aprendizados em água e carbono, também estabelecemos novas parcerias, iniciamos novas conversas e entendemos melhor os desafios e as prioridades comuns entre setores. Para nós, a ação coletiva é essencial para avançar. Não alcançaremos nossas metas atuando isoladamente; precisamos trabalhar junto com parceiros públicos e privados.

Embora água e carbono tenham dominado grande parte das conversas das quais participamos na COP30, foi inspirador ver nossos alunos do Learning for Life trabalhando no evento, colocando em prática as habilidades que ensinamos, não apenas em Belém mas também em São Paulo, na semana anterior, quando muitas empresas já estavam engajadas no debate climático. Learning for Life é nosso programa global de capacitação em hospitalidade para pessoas que enfrentam barreiras de acesso à educação e ao emprego. Na preparação para a COP30, capacitamos 116 novos profissionais em Belém nos últimos meses e mais de 250 nos últimos 18 meses no Brasil.

3) Como a Diageo pretende expandir seu impacto em bacias hidrográficas prioritárias por meio de ações coletivas de stewardship da água?

Nossos programas de água estão diretamente conectados às nossas unidades produtivas e ao nosso mapeamento de riscos climáticos. Estamos ampliando de 12 para 20 o número de projetos de ação coletiva ao redor do mundo, dada a relevância e os benefícios desse tipo de iniciativa. Além disso, estamos expandindo nossos esforços para além das operações diretas: estamos envolvendo fornecedores e operadores terceirizados localizados em áreas de estresse hídrico para apoiar atividades de reposição de água.

4) Quais aprendizados das operações da Diageo no Brasil e no México podem ser aplicados globalmente?

No Brasil, temos iniciativas excepcionais em andamento, incluindo ganhos significativos de eficiência hídrica, que nos permitem produzir a cachaça Ypióca com excelente desempenho no uso de água. Também estamos investindo em ações robustas de reposição hídrica com parceiros tanto no Brasil quanto no México, iniciativas que pretendemos replicar em outras regiões de estresse hídrico onde operamos globalmente. Além disso, no Brasil adotamos um modelo de economia circular aplicado às garrafas de Ypióca. Em parceria com fornecedores-chave, recuperamos e reutilizamos garrafas, reduzindo emissões de carbono e diminuindo a necessidade de produzir novas embalagens.

5) Que caminhos a Diageo considera mais promissores para avançar em circularidade e inovação em embalagens?

Estamos muito entusiasmados com nossa tecnologia própria, o Everpour. Trata-se de um sistema de recarga em estilo keg para destilados, no qual garrafas de Smirnoff podem ser conectadas diretamente ao sistema para serem recarregadas automaticamente. Cada keg tem potencial para eliminar o uso de no mínimo 500 garrafas de vidro de uso único (70 cl). Isso representa uma possível redução de mais de 50% nas emissões de carbono por litro de Smirnoff. O sistema também oferece benefícios operacionais para bartenders: reduz o tempo de troca de garrafas, diminui resíduos e otimiza o espaço de armazenamento.

6) Qual é o papel das empresas no avanço da transição justa e do financiamento climático discutidos, na COP30?

Na Diageo, cada investimento em sustentabilidade precisa gerar benefícios ambientais, valor para clientes e consumidores, e retorno para o negócio. As transformações em nossa cadeia de suprimentos precisam entregar esses benefícios de forma clara para justificar os investimentos. Também acreditamos que sustentabilidade não se faz por projetos isolados, mas pela soma consistente e contínua de iniciativas ao longo do tempo, é a visão sistêmica que gera impacto real.

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