HSBC aponta Brendan Nelson como presidente do conselho de forma permanente

Executivo estava no cargo como interino desde outubro. Ele vai substituir o financista Mark Tucker, que liderou o maior banco da Europa durante a maior parte da última década

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Bloomberg — O HSBC nomeou Brendan Nelson como seu próximo presidente do conselho de forma permanente em substituição ao financista Mark Tucker, que liderou o maior banco da Europa durante a maior parte da última década.

A decisão foi tomada após um “processo que considerou candidatos internos e externos”, informou o banco com sede em Londres em um comunicado na quarta-feira (3).

Nelson, 76 anos, vinha atuando como presidente interino do conselho do grupo desde 1º de outubro. Ele entrou para o conselho em setembro de 2023.

Ele assume o cargo depois que o credor teve dificuldades para encontrar um candidato externo adequado, após uma lista de nomes que incluía o ex-político George Osborne e financistas como Kevin Sneader e Richard Gnodde, do Goldman Sachs, entre outros.

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A nomeação ocorre no momento em que o CEO Georges Elhedery realiza uma grande reforma no HSBC, que viu o banco ser reorganizado em quatro novas divisões. O banco focado na Ásia também lida com as tensões comerciais entre os EUA e a China, uma relação volátil que o novo presidente terá que ajudar o banco a superar.

O HSBC passou meses em busca de um substituto adequado para Tucker, que, como presidente do conselho, esteve por trás da maioria das principais decisões do banco. O executivo de 67 anos anunciou em junho que deixaria o cargo no final de setembro para assumir uma função de presidente não executivo na seguradora AIA, sediada em Hong Kong.

Os investidores têm acompanhado de perto o processo em busca de sinais da direção que o HSBC tomará após a saída de Tucker. Isso porque ele supervisionou quatro CEOs durante sua gestão no banco - incluindo os três que ele nomeou - e exerceu o tipo de controle prático que a maioria dos presidentes não executivos raramente exerce.

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“Desde que assumiu a função de presidente interino do conselho, Brendan demonstrou sua excelente capacidade de liderança, respaldada por suas sólidas credenciais bancárias e de governança”, disse Ann Godbehere, uma diretora sênior independente, que liderou o processo.

Nelson havia indicado que não esperaria cumprir um mandato tão longo quanto o de seu antecessor, em parte devido às regras de governança corporativa do Reino Unido, que impedem que qualquer diretor independente trabalhe por mais de nove anos no conselho de uma empresa.

Em discurso na terça-feira, Elhedery sugeriu que Nelson provavelmente não seria um chairman de longo prazo para o banco, dizendo a uma plateia na conferência bancária do Financial Times que ele havia “expressado o desejo de não ser presidente do conselho por um período completo de seis a nove anos, dada a fase de sua carreira”.

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Nelson é uma figura bem conhecida no mundo das diretorias britânicas, e atuou anteriormente nas diretorias da BP e da NatWest. Contador por formação, ele passou mais de 25 anos trabalhando na KPMG, onde ocupou vários cargos, inclusive o de presidente global do setor bancário e presidente global de serviços financeiros.

“Estou ansioso para continuar a trabalhar com o conselho, Georges e toda a equipe de gestão, à medida que cumprimos nossos objetivos estratégicos e financeiros”, disse Nelson em um comunicado.

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