Em constante crescimento e ganho de fatia no mercado, a indústria da beleza já movimenta mais de US$ 300 bilhões ao redor do mundo – e o Brasil tem grande participação nesse resultado.
O país é o quarto maior mercado de beleza do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. O impacto econômico disso é medido por um estudo inédito encomendado pelo grupo francês L’Oréal.
Segundo a pesquisa, conduzida pela consultoria francesa Ásterès, são mais de 7,1 milhões de pessoas empregadas pelo setor no país em diversos setores, da manufatura ao varejo e ao setor de serviços.
Representando 40% do mercado da América Latina, o Brasil exporta produtos de beleza para mais de 170 países, totalizando R$ 884 milhões.
“No Brasil, a beleza tem um valor ainda mais único para o consumidor. Beleza é saúde, bem-estar e autocuidado e, em um país tão diverso, é sinônimo de felicidade, conexão social e representatividade. Entender isso é chave para atuar aqui”, afirma Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil.
Presente em mais de 150 países, a L’Oréal é líder no segmento e emprega mais de 90 mil pessoas ao redor do mundo. Com um valor de mercado estimado em 241 bilhões de euros, a empresa reportou 41,2 bilhões de euros em vendas em 2023.
O Grupo está presente no Brasil há mais de 65 anos e atua hoje com 22 marcas, duas delas locais (Niely e Colorama). São mais de 400 milhões de produtos fabricados por ano em sua fábrica no país, que contribuíram para R$ 19,5 bilhões em vendas totais na cadeia de valor.
Além disso, o único hub de Pesquisa e Inovação (P&I) da companhia na América Latina está localizado no Brasil, inspirado pela diversidade local e focado no desenvolvimento de inovações inclusivas para consumidores brasileiros e para exportação para outros países.
Na América Latina, a indústria da beleza teve crescimento de 12% em 2024, de acordo com dados do BMS1, sinalizando um mercado forte e dinâmico com potencial significativo. A região representa uma participação de 9,8% no mercado global de beleza.
No período, as categorias de cuidados com cabelos, fragrâncias e cuidados com a pele lideraram as vendas, com participações de 27,7%, 25,2% e 25,1%, respectivamente.
Mais do que a estética, o setor de beleza tem um papel relevante no desenvolvimento científico e tecnológico, auxiliando na prevenção de doenças de pele, como melanoma, além do tratamento de outras patologias da pele como acne e eczema, que podem afetar o bem-estar e a saúde mental.
E novas tecnologias tendem a ampliar essa relevância. Com a ascensão da inteligência artificial (IA), a L’Oréal acredita que a beleza do futuro vai se tornar cada vez mais personalizada, alinhada às expectativas, às aspirações e à biologia de cada consumidor. Mas ela também vai ser mais diversificada, inclusiva e responsável, atendendo às necessidades individuais e coletivas do nosso tempo.
A indústria da beleza tem passado por uma transformação significativa para se adaptar à sustentabilidade, respondendo à crescente demanda dos consumidores por produtos mais éticos, naturais e com menor impacto ambiental. Essa mudança envolve inovação em ingredientes, embalagens, produção e logística.
A L’Oréal, por exemplo, acelerou sua transformação rumo a um modelo que respeita os limites do planeta e reforça seus compromissos com a sustentabilidade e a inclusão. Lançado em 2020, o programa “L’Oréal Para o Futuro” representa a convicção do Grupo de que as empresas têm um papel concreto a desempenhar na superação dos desafios atuais.
Dentre as propostas, a companhia projeta que 95% dos ingredientes utilizados em seus produtos serão biodegradáveis até 2030. Em 2023, a empresa alcançou 65% dessa meta.
