Os investidores operam em compasso de espera nesta segunda-feira (9), com os investidores de olho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
“A política comercial continuará sendo a grande incerteza macroeconômica”, disse Kyle Rodda, analista sênior de mercado da Capital.
“Sinais de mais avanços nas conversas podem dar um novo impulso aos mercados no início da semana.”
Confira a seguir cinco destaques desta segunda-feira (9 de junho):
1. Acordo do IOF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e lideranças do Congresso chegaram a um acordo sobre um pacote de medidas para substituir parte do decreto que elevou as alíquotas do IOF.
Entre as mudanças, estão o aumento da tributação das Bets de 12% para 18% e o fim da isenção do IR sobre o LCI e o LCA, que passaria a valer a partir de 2026.
Segundo Haddad, o impacto fiscal do decreto deve ser reduzido em um terço após as alteração. Atualmente, o decreto aumentaria a receita em R$ 19,1 bilhões em 2025 e R$ 38,2 bilhões em 2026, segundo informações do jornal Valor Econômico.
2. HSBC acelera no Brasil com força na Ásia
No fim do ano passado, a Suzano emitiu cerca de US$ 165 milhões em panda bonds, como são conhecidos títulos denominados em renmibi. A operação inédita para uma empresa não financeira das Américas foi coordenada pelo HSBC.
“Existem muitos bancos internacionais, mas globais são poucos. E nós temos um diferencial que é a nossa presença na Ásia, em que somos muito fortes”, disse Alexandre Guião, CEO do HSBC para o Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea. O HSBC está atualmente presente em cerca de 60 países.
No ano passado, o HSBC no Brasil gerou mais de US$ 3 bilhões em transações no exterior, na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. No primeiro trimestre deste ano, o banco no país já gerou book de mais de US$ 600 milhões.
“O corredor com a Ásia é o que mais cresce. No ano passado, o crescimento foi de mais de 100%. Há muito investimento da China no Brasil e vice-versa, e temos conseguido capturar parte relevante”, disse.
⇒ Leia mais: HSBC: força na China e tecnologia para produtos reforçam expansão, diz CEO no Brasil
3. Mercados
Os contratos do S&P 500 registraram pouca variação após o principal índice ultrapassar o nível de 6.000 pontos pela primeira vez desde fevereiro no fim da semana passada.
As ações europeias tiveram pouca variação, enquanto um indicador de ações de mercados emergentes caminhava para o maior fechamento em mais de três anos.
Os rendimentos dos Treasuries recuaram, com a taxa do título de 10 anos caindo dois pontos-base, para 4,49%. O dólar cedeu 0,2% frente a uma cesta de moedas.
O índice de referência das ações dos EUA se aproxima de máximas históricas após superar a volatilidade provocada pelos amplos anúncios tarifários do presidente Donald Trump há dois meses.
Ainda assim, operadores buscam catalisadores para uma alta sustentada, já que o impacto econômico total da guerra comercial ainda não se manifestou completamente e muitas questões relacionadas às negociações permanecem sem solução.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Bets pagarão mais imposto, e LCI e LCA deixarão de ser isentas para compensar recuo no IOF
Folha de São Paulo: Haddad anuncia recuo em alíquotas de IOF e alta de receitas com bets e fim de isenções
Valor Econômico: Acordo do IOF prevê aumento de taxação de bets, fim de isenção para LCI e LCA e corte de benefícios tributários
O Globo: Alternativa a IOF prevê taxar bets, fim de isenção para títulos e corte de incentivos tributários
5. Agenda
Brasil
- 08:00: IPC-S (1a Quadrissemana) (MoM %)
- 08:25: Pesquisa Focus
- 15:00: Balança Comercial Semanal
-- Com informações da Bloomberg News.