OMS diz que risco global da gripe aviária para a saúde humana é baixo

Organização Mundial de Saúde classifica como ‘baixo a moderado’ também o risco de infecção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus

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Bloomberg Línea — O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que foi detectado, no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, um caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais. Trata-se do primeiro foco de gripe aviária detectado em granja comercial no Brasil.

Apesar do registro da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia como baixo o risco imposto pelo vírus da gripe aviária à saúde humana de forma global.

A entidade classifica ainda como “baixo a moderado” o risco de infecção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus, “dependendo das medidas de mitigação de risco em vigor”.

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De acordo com a OMS, a transmissão do vírus entre animais continua a acontecer e, até o momento, há apenas “um número limitado” de infecções em humanos relatadas.

“Embora novas infecções humanas associadas à exposição a animais infectados ou ambientes contaminados provavelmente continuem a ocorrer, o impacto de tais infecções na saúde do público em geral a nível global é menor”.

Ainda assim, em junho de 2024, a OMS confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O paciente, de 59 anos, vivia no México. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo.

À época, a organização destacou que o paciente, morador da Cidade do México, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país.

“O paciente tinha múltiplas condições médicas subjacentes. Os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início de sintomas agudos”.

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Em entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS apelou para que todos os países fortaleçam seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária em animais e em humanos.

Tedros pediu ainda que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com centros colaboradores da OMS em todo o mundo, mantendo acesso público aos dados.

-- Com informações da Agência Brasil.