Os novos alvos do private equity

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Encanadores e proprietários de lojas de materiais de construção nos Estados Unidos estão se sentindo um pouco como empreendedores de tecnologia ultimamente — lidando com várias ofertas de empresas apoiadas por private equity que cada vez mais visam negócios familiares.

Wall Street tem comprado empresas fragmentadas da chamada Main Street há anos, com consultórios odontológicos e veterinários entre os alvos favoritos. O movimento atende a uma estratégia de ganho de escala e consolidação. E tem ampliado participação nos negócios.

Representaram mais de 61% de todos os acordos de private equity no primeiro trimestre de 2023, em comparação com uma média de cerca de 50% ao longo da última década.

É um fenômeno que se faz presente também no Brasil, em que fundos de private equity de players como a XP Asset investem em empresas que atuam com serviços especializados de saúde, como de reprodução assistida e oftalmologia, por exemplo.

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No Radar

Os balanços corporativos nos Estados Unidos serão o motor da semana. Enquanto avaliam o impacto da inflação e do encarecimento do crédito na saúde financeira das empresas, os investidores se orientarão pela expectativa em torno dos juros, já que na próxima semana tanto o Federal Reserve (Fed) como o Banco Central Europeu (BCE) arbitram sobre suas taxas. No radar também está a possibilidade de que o governo chinês conceda novos estímulos à sua titubeante economia, embora até o momento Pequim tenha indicado medidas direcionadas e pontuais.

🤐 Agenda cheia, semana de silêncio. O panorama sobre os juros nos EUA segue na pauta dos investidores. Mas dos membros do Fed o mercado, esta semana, não pode esperar muito. É que eles estarão em período de silêncio pré-Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). Enquanto os formulares de política monetária guardam suas pistas sobre o rumo dos juros, o mercado acompanha indicadores macroeconômicos dos EUA como vendas no varejo (amanhã), licenças de construção (quarta-feira) e vendas de casas existentes (quinta-feira). Os dados são relevantes porque dão uma ideia sobre como o Fed manejaria o pouso da economia. Suave ou forçado?

🧭 Os balanços como Norte. As demonstrações financeiras devem dar uma direção crucial para os mercados, com centenas de empresas apresentando suas cifras nas próximas semanas. Espera-se que as empresas do S&P 500 registrem uma queda de 9% em seus lucros no segundo trimestre, tornando-se a pior temporada desde 2020, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Intelligence. Na Europa, a performance pode ser ainda pior, com uma queda projetada de 12%.

🆘 Economia pede apoio. A China voltou a publicar números fracos nesta manhã, renovando as preocupações sobre a capacidade de a economia do gigante asiático se recuperar. As vendas no varejo subiram de +12,7% em maio para apenas +3,1% em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre expandiu-se +6,3% (contra estimativas de +7,1% dos economistas consultados pela Bloomberg) e o investimento imobiliário no semestre caiu a uma taxa anual de -7,9%, contração que se deu a um ritmo mais acentuado que o previsto. Diante destes números, o mercado espera que o anúncio de novas medidas de apoio econômico pelo governo chinês.

Leia a nota completa na seção de Mercados

🟢 As bolsas na sexta-feira (14/07): Dow Jones Industrials (+0,33%), S&P 500 (-0,10%), Nasdaq Composite (-0,18%), Stoxx 600 (-0,11%), Ibovespa (-1,30%)

Apesar do fechamento morno na sexta, os principais índices de Wall Street encerraram a semana com uma nota positiva, com dados animadores da inflação nos EUA dando motivos para crer em uma pausa na alta dos juros pelo Fed. Também ajudou o mercado o forte impulso das ações de tecnologia nos EUA, em meio a um boom na inteligência artificial.

Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

Feriados: Japão e Hong Kong

EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial/Jul)

Europa: Zona do Euro (Total de Ativos da Reserva/Jun); Itália (IPC/Jun); Espanha (Confiança do Consumidor)

Ásia: China (Investimento em Ativos Fixos/Jun, PIB/2T23, Produção Industrial/Jun, Vendas no Varejo/Jun, Taxa de Desemprego na China/Jun)

América Latina: Brasil (Boletim Focus, IBC-Br, IGP-10/Jul)

Bancos centrais: Discursos de Christine Lagarde e Philip Lane-BCE, Relatório Mensal do Bundesbank)

Balanços do dia: First Republic Bank, Barnes & Noble, BancFirst, Home Bancorp, Bed Bath & Beyond

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