Bloomberg — O petróleo afundou pelo segundo dia consecutivo, negociado abaixo de US$ 70 o barril em Nova York, com a perspectiva de uma recessão nos Estados Unidos que ameaça reduzir a demanda por combustíveis.
Poucos dias depois que a Opep+ começou a cortar produção em uma tentativa de estabilizar o mercado de petróleo, há poucas indicações de que o cartel obteve algum sucesso.
Os contratos futuros caíram para o nível mais baixo desde março, quando os primeiros sinais de uma crise bancária puxaram os preços para baixo. Os temores sobre a estabilidade financeira nos EUA se renovaram nesta quarta-feira (3), junto com dados que mostram que o mercado de trabalho está esfriando.
“O medo de uma desaceleração econômica mais ampla” é o que direciona o mercado, disse Joe DeLaura, estrategista sênior de energia do Rabobank, em nota.
O petróleo Brent, que chegou a ser negociado perto de US$ 80 o barril na terça-feira (2), será o próximo a testar US$ 70, disse ele.
O barril do tipo West Texas Intermediate (WTI), petróleo de referência dos EUA, caiu até 3,4% nesta quarta-feira, para US$ 69,21, depois de um tombo de 5,3% na terça. O Brent teve queda de até 3,2% em Londres, para US$ 72,88, após um declínio de 5% na terça.
A redução-surpresa da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados, anunciada há apenas um mês, visava tomar de volta as rédias do mercado da mão de especuladores que apostam contra o preço. Mas um breve rali em abril não se sustentou.
“Com os short-sellers de volta ao controle, os preços podem mais uma vez pender fortemente para o lado negativo”, disse Ole Sloth Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. “Espera-se que o Fed eleve juros mais uma vez hoje, e isso continua a pesar nas perspectivas de demanda.”
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