Como fundos e family offices planejam investir? Pesquisa revela ativos preferidos

Pesquisa da BlackRock com mais de 200 empresas aponta planos de aumento da alocação em private equity e crédito privado por parte de investidores institucionais

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Bloomberg — A BlackRock (BLK), maior gestora do mundo, disse que espera que os investidores institucionais, como fundos de pensão e family offices, aumentem as alocações para fundos de private equity e de crédito privado neste ano, em meio a temores de recessão e aumento contínuo das taxas de juros.

Investidores institucionais atualmente alocam 24% de suas carteiras, em média, em mercados privados, de acordo com uma pesquisa BlackRock recém-divulgada com executivos seniores e profissionais de alocação em mais de 200 empresas que administram um total de US$ 15 trilhões.

Dos entrevistados, 72% disseram que planejam aumentar as alocações para fundos de private equity, enquanto 52% pretendem aumentar as participações em crédito privado.

A pesquisa foi conduzida de outubro de 2022 a janeiro de 2023, antes, portanto, de o colapso de três bancos regionais provocar a maior crise do setor desde 2008.

“Mesmo em meio à maior volatilidade e incerteza, investir em áreas como energia renovável, empresas privadas maduras e empréstimos diretos – venture debt e para o middle market em particular – pode fornecer um lastro para os portfólios”, disse Edwin Conway, chefe global da unidade de alternativas da BlackRock. no relatório publicado nesta terça-feira.

A turbulência no mercado bancário dos EUA - incluindo as quebras dos bancos regionais Silicon Valley Bank e Signature Bank - também pode oferecer uma oportunidade para o crédito privado, já que os bancos pequenos e médios recuam na concessão de empréstimos, disse a BlackRock.

O aumento do interesse em mercados privados ocorre mesmo quando os bancos centrais aumentam as taxas de juros para combater a inflação, o que elevou os rendimentos dos títulos governamentais e corporativos.

Taxas de juros mais altas “antecipam retornos ainda mais atraentes para detentores de dívidas privadas” porque os negócios geralmente são estruturados com termos de taxas flutuantes, disse o relatório.

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