Bloomberg — Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram pela primeira vez em três semanas, sugerindo algum abrandamento no que ainda é um mercado de trabalho robusto, no qual os empregadores hesitam em demitir pessoas.
Os pedidos iniciais de desemprego aumentaram em 7.000, para 198.000 na semana encerrada em 25 de março, mostraram dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (30). A previsão mediana dos economistas era de 196 mil candidaturas.
As reivindicações contínuas, que incluem pessoas que receberam seguro-desemprego por uma semana ou mais e são um bom indicador de como é difícil para as pessoas encontrar trabalho depois de perder o emprego, pouco mudaram em torno de 1,69 milhão na semana encerrada em 18 de março.
Apesar do aumento, o relatório mostra um mercado de trabalho que mostra força contínua após um ano de aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O desemprego é historicamente baixo, há quase duas vagas de emprego para cada americano que deseja uma e a criação de empregos continua robusta.
Ainda assim, os economistas esperam que as reivindicações de auxílio-desemprego acabem refletindo os anúncios de demissões que abrangeram os setores de tecnologia, finanças e mídia.
Ainda não está claro como a crise bancária pode afetar os pedidos de seguro-desemprego, mas a economia provavelmente mostrará alguns sinais de tensão nas próximas semanas e meses.
A média móvel de quatro semanas nos pedidos iniciais, que suaviza a volatilidade semana a semana, subiu para 198.250 – a maior em dois meses.
Em uma base não ajustada, os pedidos aumentaram quase 11.000, para 223.913, com Michigan, Massachusetts e Califórnia registrando os maiores aumentos.
Os dados precedem o relatório de empregos (payroll) da próxima semana, que deve mostrar outro forte mês de contratações em março.
-- Com a colaboração de Augusta Saraiva and Jordan Yadoo.
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