Âmago Capital, que tem BTG como acionista minoritário, fechará as portas

Gestora que tem pouco mais de R$ 80 milhões em ativos segundo a Anbima planeja devolver o dinheiro que recebeu do banco, disseram fontes à Bloomberg News

Brasil
Por Vinícius Andrade e Rachel Gamarski
02 de Março, 2023 | 05:44 PM

Bloomberg — A Âmago Investimentos, gestora de recursos focada em ações na qual o BTG Pactual (BPAC11) detém uma participação minoritária, decidiu encerrar as atividades, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

A gestora, que tem pouco mais de R$ 80 milhões em ativos segundo dados da Anbima (associação das entidades de capital), planeja devolver o dinheiro recebido do BTG, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque a informação não é pública. Âmago e BTG não comentam.

O movimento ocorre em meio a uma onda de resgates enfrentada pela indústria doméstica. Apesar da performance positiva no ano passado, os fundos multimercado brasileiros sofreram um resgate líquido de R$ 89 bilhões em 2022, à medida que investidores preferiram produtos de renda fixa no ambiente de juros elevados.

Fundos de ações registraram uma saída líquida de R$ 28 bilhões no mesmo período.

PUBLICIDADE

No início do ano, a Macro Capital — fundada pelo ex-economista-chefe do Credit Suisse para Brasil Nilson Teixeira — também anunciou o encerramento de suas atividades.

A Âmago foi fundada em dezembro de 2016 por Iram Siqueira, ex-gestor dos fundos de ações da Credit Suisse Hedging-Griffo, e Rodrigo Barros, ex-diretor e analista no Deutsche Bank.

Veja mais em Bloomberg.com

PUBLICIDADE

Leia também

Renegociação de dívidas de empresas preocupa pouco, diz CEO do BTG