Amazon tem nova rodada de demissões que pode afetar 18 mil pessoas

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Bloomberg — A Amazon (AMZN) deverá iniciar uma nova rodada de demissões esta semana, afetando mais de 18 mil funcionários no maior corte de empregos de sua história.

Os cortes ocorrem no momento em que a varejista luta contra a desaceleração do crescimento das vendas online e se prepara para uma possível recessão que afetará o poder de compra de seus clientes.

As demissões começaram no ano passado e foram feitas inicialmente no grupo de dispositivos e serviços da Amazon, que constrói a assistente digital Alexa e os alto-falantes inteligentes Echo.

A última rodada, marcada para começar nesta quarta-feira (18), afetará principalmente a divisão de varejo e recursos humanos da varejista.

Embora os cortes representem apenas cerca de 1% da força de trabalho total, que inclui centenas de milhares de funcionários de depósito e entrega por hora, eles representam cerca de 6% dos 350 mil funcionários corporativos da Amazon em todo o mundo.

“A Amazon resistiu a economias incertas e difíceis no passado, e continuaremos a fazê-lo”, disse o CEO Andy Jassy no início deste mês em um memorando aos funcionários. “Essas mudanças vão nos ajudar a buscar oportunidades de longo prazo com uma estrutura de custos mais forte.”

As ações da Amazon fecharam em queda de 2,1%, a US$ 96,05, na terça-feira (17). Nesta quarta, os papéis operavam próximos da estabilidade por volta das 9h40 (horário de Brasília), antes da abertura dos mercados em Nova York.

A maior varejista online do mundo passou grande parte do ano passado se ajustando a uma forte desaceleração no crescimento do comércio eletrônico, à medida que os consumidores voltavam aos hábitos pré-pandêmicos.

A Amazon atrasou a abertura de armazéns e suspendeu as contratações em seu grupo de varejo, além de ampliar o congelamento para a equipe corporativa e realizar cortes.

A varejista está entre as grandes empresas de tecnologia que estão reduzindo custos, incluindo Cisco Systems, Intel, Meta Platforms (META), Qualcomm e Salesforce.

Em seu memorando, Jassy disse que a empresa com sede em Seattle forneceria indenização, benefícios transitórios de saúde e recolocação profissional aos trabalhadores afetados.

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