Bloomberg — Com Elon Musk no comando, o Twitter fez novos cortes em sua equipe de segurança e confiança já radicalmente reduzida que lida com moderação de conteúdo global, bem como na unidade relacionada a discurso de ódio e assédio, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Pelo menos mais uma dúzia de pessoas foram dispensadas na noite de sexta-feira (6) nos escritórios da empresa em Dublin e Cingapura, de acordo com as pessoas, que pediram para não serem identificadas, discutindo mudanças não públicas.
Os cortes incluíram Nur Azhar Bin Ayob, chefe de integridade do site para a região da Ásia-Pacífico do Twitter, uma contratação relativamente recente; e Analuisa Dominguez, diretora sênior de política de receita do Twitter.
Os trabalhadores das equipes que lidam com a política de desinformação da rede social, apelos globais e mídia estatal na plataforma também foram demitidos. Ella Irwin, chefe de confiança e segurança do Twitter, confirmou que vários membros das equipes foram cortados, mas negou que tenham visado algumas das áreas mencionadas pela Bloomberg News.
“Faz mais sentido consolidar as equipes sob um líder (em vez de dois), por exemplo”, disse Irwin, em resposta por e-mail a um pedido de comentário.
Ela disse que o Twitter eliminou cargos em áreas da empresa que não obtiveram “volume” suficiente para justificar o suporte contínuo. Segundo ela, o Twitter aumentou a equipe em seu departamento e a empresa continuará a ter um chefe de política de receita e um chefe para a região da Ásia-Pacífico da plataforma para confiança e segurança.
Sob nova direção
Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro, financiando parcialmente o acordo com quase US$ 13 bilhões em dívidas que implicavam em pagamentos de juros de cerca de US$ 1,5 bilhão por ano.
Desde então, ele embarcou em uma missão frenética para renovar a plataforma de mídia social, que, segundo ele, corre o risco de falir e estava perdendo US$ 4 milhões por dia no início de novembro.
Durante evento do Twitter Spaces no mês passado, o bilionário comparou a empresa a um “avião que se dirige para o solo em alta velocidade com os motores em chamas, enquanto os controles não funcionam”.
Desde que assumiu a empresa, Musk supervisionou demissões ou saídas de cerca de 5.000 dos 7.500 funcionários do Twitter e instituiu um ambiente de trabalho “hardcore” para os restantes.
O Twitter enfrenta vários processos por contas não pagas, incluindo voos de avião fretados particulares, serviços de software e aluguel em um de seus escritórios em São Francisco, na Califórnia.
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