Economista que previu queda do Brasil nas quartas-de-final aponta decisão da Copa

Previsões divulgadas em setembro por Joachim Klement, da Liberum Capital, tem base em modelo que leva em conta fatores extra-campo, como clima e tamanho da população dos países

Harry Kane, da Inglaterra: analista disse que esta Copa do Mundo tem sido mais difícil de prever por ser no fim do ano
Por Helen Chandler-Wilde
09 de Dezembro, 2022 | 04:24 PM

Bloomberg — A Inglaterra chegará à final da Copa do Mundo em 18 de dezembro, mas perderá para a Argentina, de acordo com um economista que previu corretamente os vencedores dos torneios de 2014 e 2018.

Joachim Klement, analista de investimentos da Liberum Capital, mantém as previsões que fez em setembro, antes do início da competição, apesar de “suar muito” ao ver a Arábia Saudita vencer a Argentina na primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo no Catar.

Ele previu que a seleção brasileira cairia nas quartas-de-final nos pênaltis, mas para a Espanha, que caiu nas oitavas-de-final (e não para a Croácia). Ou seja, ele também comete erros nas previsões.

Previu que Marrocos, que está entre as 8 seleções finalistas, sequer passaria da fase de grupos. E que a França cairia nas oitavas-de-final para o México - a atual campeã do mundo é apontada como favorita da competição e enfrenta a Inglaterra nas quartas-de-final neste sábado (10).

PUBLICIDADE

Para prever os vencedores, ele usa um modelo baseado em quatro fatores: clima do país, tamanho da população, PIB per capita e sede da competição. O ranking da Fifa também conta. Os países com melhor desempenho são países mais quentes, onde o futebol pode ser jogado o ano todo, que têm uma grande população, alto PIB per capita e uma população que gosta de futebol.

Os três grandes outliers em seu modelo são Índia, China e Holanda. “Os indianos decidiram jogar críquete, Deus sabe por quê, e os chineses, por alguma estranha razão, realmente entenderam isso”, disse Klement à Bloomberg TV. A Holanda tem tido “um sucesso incrível no futebol”, considerando sua população relativamente pequena, acrescentou.

Klement disse que não pretendia construir um modelo de previsão funcional. Em vez disso, ele queria satirizar a “arrogância” dos economistas que pensam que podem “prever absolutamente tudo”.

Ele fez as primeiras previsões de que a Argentina derrotaria a Inglaterra na final em uma nota em setembro, quando disse que o caminho para erguer o troféu pela primeira vez em 36 anos incluiria derrotar a Espanha nas semifinais.

No entanto, na nota, ele também acrescentou que esta Copa do Mundo tem sido mais difícil de prever do que qualquer outra devido ao fato de a competição ser no inverno.

Outras abordagens para prever o vencedor, como usar o valor coletivo dos jogadores de uma equipe, não eram tão confiáveis quanto olhar para os fatores subjacentes ao sucesso de uma equipe, de acordo com Klement. “Sou um pouco cauteloso ao usar o valor coletivo dos jogadores porque a Premier League tem muito mais dinheiro à sua disposição e pode pagar muito mais pelos jogadores”, disse ele.

“A boa notícia para os torcedores da Inglaterra é que a seleção vai chegar à final. A má notícia é que eles vão perder essa.

PUBLICIDADE

Veja mais em Bloomberg.com

- Com informações da Bloomberg Línea.

Leia também

Chelsea é nova vítima de crise cripto e perderá patrocínio