ETF ligado ao Brasil fecha em alta de 3,30% no Japão após vitória de Lula

ETF Next Funds Ibovespa Linked, fundo negociado em bolsa no Japão que busca replicar o Ibovespa, foi a primeira opção de traders após a eleição de domingo

Nos últimos dias, as eleições presidenciais brasileiras trouxeram volatilidade adicional para os mercados
30 de Outubro, 2022 | 10:01 PM

Bloomberg Línea — Investidores globais reagiram ao resultado das eleições presidenciais brasileiras nas primeiras horas de negociação em mercados asiáticos. A abertura se deu cerca de uma hora após a definição da vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ETF Next Funds Ibovespa Linked, um fundo negociado em bolsa do Japão que segue o Ibovespa (IBOV), foi a primeira opção dos traders após a eleição de domingo (30). O ativo, que tem cerca de 2 bilhões de ienes em patrimônio (cerca de US$ 150 milhões), abriu a sessão da Ásia em alta e fechou com ganho de 3,30%. Chegou a subir 5,2% no momento de maior ganho intradiário.

Lula foi eleito presidente da República com mais de 60 milhões de votos, o equivalente a 50,90% dos votos válidos, derrotando o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorria à reeleição e recebeu pouco mais de 58 milhões de votos, ou 49,10% dos votos válidos.

Quando os mercados europeus abrirem, já na madrugada de segunda-feira (31) no horário de Brasília, os investidores terão a oportunidade de apostar em títulos soberanos denominados em dólares. O título com maior liquidez é o de vencimento em 2031, seguida pelos títulos com vencimento em 2037 e 2041.

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Algumas das maiores empresas do país, incluindo a Petrobras (PETR3, PETR4) e a gigante de mineração Vale (VALE3), têm dívidas e ações listadas na Europa.

Nos últimos dias, a proximidade das eleições presidenciais brasileiras trouxeram volatilidade adicional para os mercados.

Analistas pontuaram que a expectativa para um governo Lula seria de políticas econômicas com algum alinhamento ao centro, em razão da proximidade com economistas liberais ao longo da campanha. As incertezas pressionaram as cotações de companhias estatais, como Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras, que têm grande peso no Ibovespa.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.