Bloomberg Línea — A sessão é de aversão a risco nos mercados globais. As ações dos Estados Unidos caem depois que as autoridades do Federal Reserve continuaram a martelar a mensagem de que seguirão aumentando as taxas de juros para combater a inflação, especialmente depois que novos dados mostraram que a economia pode lidar com mais apertos do banco central.
Os principais índices acionários recuam ao redor do mundo, enquanto o dólar avança, considerado um “porto seguro” em momentos de grande incerteza.
A inflação nos EUA, acima do esperado, os gastos pessoais dos americanos, também acima, e o número de seguro-desemprego mais baixo (mostrando um mercado de trabalho resiliente) abrem caminho para que o Fed continue agressivo na política monetária mais restritiva. Os pedidos semanais de seguro-desemprego caíram para o menor nível desde abril.
As preocupações com a recessão persistiram à medida que a lacuna nas duas principais medidas do governo da atividade econômica dos EUA durante o primeiro semestre de 2022 diminuiu.
Separadamente, a Comissão Europeia anunciou um oitavo pacote de sanções que incluiria um teto de preço para as exportações de petróleo da Rússia, já que o país prometeu prosseguir com a anexação das partes da Ucrânia que suas tropas atualmente controlam após votos condenados pela ONU, colocando o Kremlin em uma nova rota de colisão com os EUA e seus aliados.
No Brasil, a proximidade e as incertezas ao redor da eleição agravam o tom de cautela. O mercado reage ainda a um IGP-M com deflação superior à esperada em setembro, refletindo ainda às quedas dos combustíveis e de outras commodities.
Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (29):
- Por volta das 14h40 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 1,08%, a 107.283 pontos;
- O dólar à vista avançava 0,37%, a R$ 5,39;
- Nos EUA, o Dow Jones caía 1,89%, o S&P 500, 2,43% e o Nasdaq, 3,28%
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