Petróleo avança com dólar mais fraco compensando receios por desaceleração global

Traders reagem à decisão do Federal Reserve de aumentar a taxa de juros do país pela terceira vez, o que pode comprometer a demanda

O WTI para entrega em novembro subia 1,1% para US$ 83,87 por barril às 8h30 (horário de Brasília)
Por Yongchang Chin e Alex Longley
22 de Setembro, 2022 | 08:30 AM

Leia esta notícia em

Espanhol

Bloomberg — Os preços do petróleo subiam com a queda do dólar, enquanto os investidores avaliavam as perspectivas de demanda após outra alta de juros do Federal Reserve, o banco central americano.

O West Texas Intermediate (WTI) era negociado perto de US$ 84 o barril depois de cair nas duas últimas sessões. O dólar recuava, enquanto os futuros de ações dos EUA subiam, estimulando um sentimento mais positivo para a commodity no início desta quinta-feira (22).

O movimento acontece apesar do presidente do Fed, Jerome Powell, ter prometido que as autoridades monetárias dos Estados Unidos estão comprometidas em acabar com a inflação, aumentando o intervalo da taxa de juros do país em 75 pontos-base pela terceira vez consecutiva.

O petróleo continua a caminho de seu primeiro declínio trimestral em mais de dois anos, devido a preocupações de que a demanda possa ser prejudicada por uma desaceleração econômica, ainda que, na maior parte de setembro, os preços tenham negociado com menos volatilidade.

PUBLICIDADE

“Há tantas informações nesta semana que o mercado quase parece indeciso sobre para onde seguir”, disse Harry Altham, analista da corretora StoneX.

Preços do petróleo

  • O WTI para entrega em novembro subia 1,1% para US$ 83,87 por barril às 8h30 (horário de Brasília)
  • O Brent para liquidação de novembro avançava 0,9%, para US$ 90,67 o barril

Os dados desta semana mostraram que os sinais de desaceleração econômica estão aumentando, já que a demanda por gasolina e diesel nos EUA caiu para os níveis sazonais mais baixos em mais de uma década. A Energy Information Administration também informou que os estoques de petróleo bruto dos EUA e os do principal centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma, expandiram na semana passada.

Leia também

Conheça as 500 personalidades mais influentes da América Latina em 2022