Bloomberg — Pelo menos 17 milhões de pessoas na Europa sofreram de covid longa nos primeiros dois anos da pandemia, com muitas ainda lutando com sintomas debilitantes, de acordo com uma nova contagem.
As mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a experimentar efeitos prolongados, de acordo com uma nova modelagem conduzida pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Escola de Medicina da Universidade de Washington. Os dados, compilados com dados da região europeia da Organização Mundial da Saúde, mostram que uma em cada três mulheres que foram hospitalizadas correm o risco de desenvolver Covid longa.
Sintomas persistentes – de fadiga crônica e “nevoeiro cerebral” a falta de ar – são estimados em cerca de 10% a 20% dos casos de Covid. Até agora, a condição e suas causas deixaram os médicos perplexos, levando a pedidos de mais pesquisas para encontrar maneiras de tratá-la e preveni-la.
”Esses dados destacam a necessidade urgente de mais análise, mais investimento, mais apoio e mais solidariedade com aqueles que vivenciam essa condição”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em uma reunião.
A região da Europa da OMS inclui 53 países – a maioria deles na Europa, mas alguns também na Ásia Central.
Os casos de Covid longa quadruplicaram em 2021 em comparação com 2020, estimou o estudo, com base na definição da doença como casos com sintomas com duração de pelo menos três meses.