Bloomberg Línea — A três semanas das eleições, a distância entre as intenções de voto no ex-presidente Lula (PT) e no presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu para seis pontos, segundo pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (12). É a menor diferença desde que as pesquisas começaram a ser feitas, no final de março, mas ainda indica cenário de estabilidade, segundo o Instituto FSB.
De acordo com a pesquisa, Lula está com 41% das intenções de voto e Bolsonaro, 35%. O petista oscilou um ponto para baixo e o mandatário, um ponto para cima. Ambas as oscilações foram dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.
Depois deles, vêm os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Simone Tebet (MDB), com 7%.
Conforme as contas do Instituto FSB, os números desta semana deixam mais claro que haverá segundo turno: a soma das porcentagens de todos os candidatos exceto Lula dá 53% e, contando os votos válidos, o ex-presidente fica com 44% das intenções de voto.
“A corrida eleitoral segue sem grandes novidades, principalmente porque a percepção dos eleitores em relação à economia e ao desempenho do governo Bolsonaro ficou mais uma semana sem melhoras significativas”, disse o Instituto FSB, responsável pela pesquisa, no comunicado divulgado junto com o levantamento.
Na análise dos autores da pesquisa, os eventos de 7 de setembro, convocados pelo presidente Bolsonaro como atos de apoio a ele, não surtiram o efeito esperado: 44% dos eleitores ainda consideram o governo dele ruim ou péssimo (ante 46% na semana passada) e 34% consideram ótimo ou bom (33% na semana passada).
O presidente segue ainda com a maior rejeição entre os candidatos. Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados disseram que não votariam nele “de jeito nenhum”. Essa cifra, para Lula e para Ciro, é de 47%.
Outros 56% dos eleitores desaprovam a forma de Bolsonaro governar - entre as mulheres, essa cifra chega a 62%. A aprovação global está em 38%.
A expectativa em relação à inflação também segue no mesmo patamar desde a pesquisa divulgada em 22 de agosto. No levantamento desta segunda, 36% disseram esperar que os preços das coisas aumentem nos próximos três meses. E 77% disseram que os preços aumentaram nos últimos três meses.
“A três semanas do primeiro turno, provavelmente apenas fatos novos terão capacidade de alterar o quadro de maneira mais intensa e acelerada”, conclui o Instituto FSB.
A pesquisa ouviu duas mil pessoas por telefone entre os dias 9 e 11 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR-06321/2022.
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