Gestora alerta para risco de ‘terceiro turno’ em eleições e impacto no mercado

Ativos estão com prêmio de risco, mas a visibilidade em relação à eleição e ao que seria um próximo governo é muito baixa, diz gestora

O “mais apropriado é mantermos baixo o risco alocado em ativos domésticos”, diz gestora em carta a cotistas
Por Felipe Saturnino e Vinícius Andrade
01 de Setembro, 2022 | 01:18 PM

Bloomberg — Uma eleição presidencial muito acirrada é o cenário mais provável no momento para a Kairós Capital, podendo abrir margem para um “‘terceiro turno’, onde um dos lados não aceita a apuração oficial e a confusão estaria formada, trazendo muita volatilidade aos ativos de risco”, disse a gestora.

Os ativos brasileiros estão com prêmio de risco, mas a visibilidade em relação à eleição e ao que seria um próximo governo é muito baixa, na avaliação da Kairós. Isso sugere que o “mais apropriado é mantermos baixo o risco alocado em ativos domésticos”, disse o fundo, em nota a cotistas.

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“Um governo Lula seria um governo com maior preponderância do estado como indutor da economia e mais impostos, assim como cremos que um governo Bolsonaro seria de mais liberdade econômica e de menos impostos”, segundo a gestora.

A Kairós também avalia que os governos do incumbente Jair Bolsonaro ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2023 irão mudar o teto de gastos. “Teremos (com sorte) uma nova âncora fiscal e na margem a situação fiscal deverá piorar, só não sabemos a intensidade disso.”

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