Desemprego no menor patamar desde 2015 e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta quarta-feira (31)

País tem 98,7 milhões de pessoas ocupadas
31 de Agosto, 2022 | 09:49 AM

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Bloomberg Línea — A quarta-feira (31) começa com dados importantes que vêm do Brasil e da Europa. Por aqui, a PNAD Contínua, do IBGE, mostrou um recuo acima do esperado para o desemprego no país, que chegou a 9,1% em julho. Enquanto isso, na Zona do Euro, a inflação atingiu seu maior patamar histórico, estimulada pelos preços de energia e alimentos.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta quarta-feira (31):

1. Queda no desemprego

O desemprego caiu para 9,1% em julho no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD Contínua, divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número reflete o menor patamar desde dezembro de 2015, com 98,7 milhões de pessoas ocupadas. Além disso, de acordo com o IBGE o rendimento habitual voltou a crescer depois de dois anos, e chegou a R$ 2.693 no trimestre.

Paralelamente, o Instituto aponta que o número de empregados sem carteira assinada chegou a 13,1 milhões, um recorde, e aumento de 4,8% em relação ao trimestre encerrado em abril. A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada ante 40% no trimestre anterior, e chegou a 39,3 milhões. Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3%.

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2. Inflação recorde

A inflação na Zona do Euro atingiu outro recorde histórico, com os preços ao consumidor saltando 9,1% em relação a agosto do ano anterior, impulsionados pelos preços de energia e alimentos, superando a estimativa média de 9% em uma pesquisa da Bloomberg com economistas. Excluindo esses fatores, um indicador de inflação subjacente subiu para uma nova alta de 4,3%, destacando como as pressões de preços continuam a se tornar mais amplas.

O número coloca ainda mais pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para um novo aumento de juros na reunião da próxima semana.

3. Mercados

Os mercados globais amanheceram mistos, enquanto os investidores avaliam a possibilidade de uma política monetária ainda mais agressiva por parte do Federal Reserve e também de outros bancos centrais. Perto das 9h00 no horário de Brasília, os futuros do Dow Jones subiam timidamente a 0,03%, enquanto o S&P tinha alta de 0,19%, e o Nasdaq, de 0,55%.

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Na Europa, os principais índices caem, com o FSTE, de Londres, recuando 1,20%, enquanto o Stoxx600 cai 0,61%. Na contramão, o Ibovespa futuro sobe 0,55%, enquanto o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, sobe 0,20% nesta manhã.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Lula tem 44% e Bolsonaro, 33%, aponta Média Estadão Dados
  • Folha de S. Paulo: Emenda de Lira banca obra em via que leva a fazendas dele em Alagoas
  • O Globo: Governo entrega hoje ao Congresso texto sem espaço para promessas de campanha de Bolsonaro
  • Valor: Supremo admite erro e anula decisão sobre cobrança de ITBI

5. Agenda

Na agenda local o destaque fica com a divulgação da PNAD Contínua do mês de julho, que traz números do desemprego no mercado de trabalho brasileiro. Ainda hoje sai também o balanço orçamentário de junho, e a dívida líquida/PIB de junho.

Lá fora, nos EUA, saem os números da pesquisa ADP, sobre criação de vagas no setor privado, os pedidos de hipotecas MBA semanal, os estoques de petróleo bruto semanal e o PMI de Chicago, o índice de gerentes de compras. Na Europa o destaque do dia veio mais cedo, com o índice de preços ao consumidor referente ao mês de agosto, que chegou a um novo recorde histórico.

E também...

Os preços do petróleo caem por volta das 8h20, revertendo a tendência de alta do início da manhã, seguindo os temores de um crescimento global mais lento diante do aperto das políticas monetárias de bancos centrais ao redor do mundo e da continuidade das restrições severas que vêm da China, por conta do coronavírus e de sua estratégia de Covid Zero.

Às 8h20 de hoje, o petróleo tipo Brent caía 2,73%, a US$ 95,12 o barril, enquanto o WTI recuava 2,90%, a US$ 89,06 o barril.

- Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.