Petróleo recua da maior alta em seis semanas de olho em oferta

Traders buscam sinais sobre próximos passos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em meio aos temores de recessão

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Bloomberg — Os preços do petróleo negociavam abaixo de US$ 96 o barril, recuando de seu maior ganho em mais de um mês, com traders avaliando possíveis interrupções na oferta, incluindo a possibilidade de um corte na produção da Opep+.

O West Texas Intermediate (WTI) apagou parte da alta de segunda-feira (29) - a maior de um dia em seis semanas -, já que a empresa estatal de marketing de petróleo do Iraque disse que as exportações continuariam ininterruptas apesar dos tumultos recentes. Em um tom mais otimista, o Goldman Sachs disse aos investidores em um relatório desta segunda para “comprar commodities agora, se preocupar com a recessão depois”.

O Iraque, o segundo maior produtor da Opep, tem capacidade para aumentar as exportações de petróleo para todos os destinos e não recusará nenhum pedido de mais petróleo, disse Alaa Al-Yassiri, diretor-geral da empresa estatal de marketing de petróleo SOMO. Atentados foram relatada no centro de Bagdá, longe do principal centro de produção e exportação de Basra, no sul, e outras áreas importantes ao norte da capital.

Enquanto isso, a empresa estatal de petróleo da Líbia informou uma produção de cerca de 1,2 milhão de barris por dia na segunda-feira, apesar dos recentes confrontos de milícias.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados se reúnem em 5 de setembro após um aviso do principal membro da Arábia Saudita de que um acordo para reduzir a produção era possível, pois, na opinião de Riad, os futuros do petróleo não refletiam os fundamentos. Outros estados da aliança sinalizaram seu apoio.

Preços do petróleo

  • O WTI para entrega em outubro caía 1,7%, para US$ 95,40 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York perto das 7h35 (horário de Brasília)
  • O Brent para liquidação de outubro recuava 2,5%, para US$ 102,51 o barril na bolsa ICE Futures Europe.