Petróleo aprofunda queda com receios sobre demanda

Oferta da Líbia ajudou a aliviar o aperto no mercado, ajudando a reduzir os principais spreads de futuros

WTI para entrega em setembro subia 0,1%, para US$ 88,61 por barril, perto das 8h (horário de Brasília)
Por Bloomberg News
05 de Agosto, 2022 | 08:09 AM

Bloomberg — Os preços do petróleo caminhavam para o maior declínio semanal desde o início de abril, com evidências crescentes de que uma desaceleração econômica global está destruindo a demanda, com preços próximos ao menor nível em seis meses.

O West Texas Intermediate era negociado abaixo de US$ 89 o barril na sexta-feira (horário de Brasília) foi 10% menor na semana. O consumo de gasolina nos EUA diminuiu, enquanto os estoques de petróleo aumentaram. A oferta da Líbia aumentou, ajudando a reduzir os principais spreads de futuros de petróleo e aliviar o aperto no mercado.

O recuo foi de base ampla. Os futuros de gasolina também caíram 10% esta semana, um sinal potencial de mais alívio na bomba. Os diferenciais físicos do petróleo diminuíram e o spread imediato do Brent - a diferença entre os dois contratos mais próximos que mede a saúde da oferta - foi de US$ 1,79 por barril em retrocesso, abaixo dos mais de US$ 6 de uma semana atrás.

Depois de subir nos primeiros cinco meses do ano, o rali do petróleo foi revertido, com as perdas se aprofundando neste mês após quedas em junho e julho. A venda, que eliminou os ganhos desencadeados pela invasão da Ucrânia pela Rússia, aliviará as pressões inflacionárias que percorrem a economia global que estimularam bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos EUA, a aumentar as taxas.

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A queda desta semana “começou a causar pânico em muitos que antes eram touros do petróleo”, disse Keshav Lohiya, fundador da consultora Oilytics.

Preços do petróleo

O WTI para entrega em setembro subia 0,1%, para US$ 88,61 por barril, perto das 8h (horário de Brasília)

O Brent para liquidação de outubro avançava 0,2%, para US$ 94,35 o barril.