Petróleo sobe 2%, mas fecha semana abaixo de US$ 100 depois de 3 meses

Traders seguem reagindo às maiores expectativas de uma recessão da economia dos Estados Unidos, o que deve derrubar a demanda

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Bloomberg — Os preços do petróleo encerraram a semana abaixo de US$ 100 o barril pela primeira vez desde o início de abril, após outro período volátil de negociação marcado por crescentes preocupações com uma desaceleração econômica.

O West Texas Intermediate (WTI) chegou a cair abaixo de US$ 91 o barril na quinta-feira (14), apagando todos os ganhos vistos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no fim de fevereiro, antes de recuperar algumas dessas perdas. Nesta sexta (15), o contrato futuro do WTI subiu 1,87%, para US$ 97,57.

O presidente Joe Biden visitou a Arábia Saudita nesta sexta como parte de uma viagem ao Oriente Médio, poucos dias depois de um relatório mostrar que a inflação nos EUA atingiu a maior taxa em quatro décadas no mês passado, em grande parte devido aos custos de energia. Ele deixou a região sem um anúncio público sobre o aumento da oferta de petróleo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Enquanto isso, a economia da China cresceu no ritmo mais lento desde o surto de Wuhan.

“O Brent caiu visivelmente abaixo de US$ 100 por barril esta semana”, escreveram analistas do Commerzbank, incluindo Carsten Fritsch e Barbara Lambrecht, em nota aos clientes. “É provável que continue caindo, uma vez que os temores da recessão presumivelmente não diminuirão por enquanto.”

Um dólar mais forte e surtos de Covid-19 na China aumentaram a pressão sobre o petróleo nesta semana. O surto de Xangai parece estar se estabilizando, mas as autoridades ainda estão bloqueando partes da cidade e conjuntos habitacionais à medida que as infecções aumentam.

Na Líbia, o novo chefe de petróleo do país disse que a produção retornará ao seu nível máximo em uma semana. A produção do país caiu em meio à agitação doméstica.

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