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Metaverso fisga startups brasileiras

Empresas de educação, do varejo e de publicidade estão entre as que entraram para o universo virtual de olho em oportunidades

Startup de medicina MedRoom: ambiente de laboratório de anatomia, com corpo em 3D para ampliar interação entre alunos e professores
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Tempo de leitura: 3 minutos

Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo - Startups brasileiras dos mais diversos setores estão se rendendo ao universo do metaverso. Não sem motivo. Um relatório divulgado no início de abril pelo gigante financeiro Citibank prevê que o metaverso chegará em 2030 valendo US$ 13 trilhões, resultado de todas as oportunidades de negócio proporcionadas pela tecnologia contida nele.

A MedRoom é uma delas. Startup de educação de medicina comprada em novembro de 2020 pelo grupo Ânima Educação, a empresa opera em uma espécie de metaverso desde sua fundação, em 2016. Desenvolveu um software que imita o ambiente de um laboratório de anatomia, com um corpo em 3D e estudantes interagindo com professor e também entre eles. É, assim, o metaverso da educação de medicina.

“Criamos um universo virtual que pode ser acessado de diversos lugares, em momentos diferentes, com o objetivo de otimizar o aprendizado e fazer com que as pessoas se lembrem por mais tempo do que aprenderam”, explica Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom. “Se pensarmos no metaverso com relação à interoperabilidade de vários sistemas, temos importância no crescimento e na difusão da alta tecnologia para educação. Vamos conseguir conectar experiências e ferramentas que antes não conversavam dentro de um universo, o que pode melhorar a experiência dos alunos”.

Hoje, com esse metaverso próprio, a MedRoom tem presença em mais de 40 instituições no Brasil e também no México, Peru, Paraguai e na Suíça. Entre eles estão a medicina do Hospital Albert Einstein, o Hospital InCor, FAMINAS, CEUMA, além das faculdades do Grupo Ânima.

Ferramentas

Por trás das startups que criam seu próprio metaverso estão empresas que oferecem ferramentas para essa tecnologia. Caso da Biobots, especializada na criação e no desenvolvimento de produtos digitais, especialmente NFTs e avatares, ambos conectados ao metaverso. A startup foi criada no fim do ano passado já com esse objetivo. “Sempre estivemos atentos à onda do metaverso, que há tempos promete movimentar bilhões de dólares em todo o mundo nos próximos anos”, diz Ricardo Tavares, CEO da Biobots.

Hoje, tem em seu portfólio o primeiro trabalho desenvolvido: a Satiko, influenciadora virtual da apresentadora Sabrina Sato. O avatar tem uma personalidade totalmente diferente da de Sabrina, de maneira que já fez, ele próprio, parceria com marcas como Coca-Cola e Renner, entre outras. Foi a Biobots também que criou o avatar do lutador de MMA José Aldo, que anunciou recentemente que lançará um ginásio de luta exclusivo no metaverso.

“O metaverso é a estratégia da Biobots”, afirma Tavares. “Nascemos com o objetivo de ser uma empresa que traz soluções para o ‘second hand’. Acreditamos que ele é o futuro e que o mercado vai evoluir. E estamos aqui para ajudar empresas e pessoas que queiram estar nesses espaços criando, em conjunto, o melhor formato de ativação”.

Parcerias

A aceleradora de negócios Cross Networking também trabalha em parcerias com celebridades que desejam entrar nesse ambiente. No entanto, ao invés de criar avatares, a startup está colocando esses personagens dentro de universos. Dentre outras coisas, a empresa criou um avatar do DJ Alok no metaverso do jogo Free Fire.

“Temos conversado muito com a Sabrina, por conta da Satiko, para pensarmos em tudo que podemos explorar juntos”, conta Leandro Mosconi, sócio da Cross. “Isso mostra que temos interesse em diversificar nosso portfólio, uma vez que não nos restringimos ao ambiente físico ou rotas convencionais de ações, mas expandimos e mapeamos novos formatos dentro do digital e de outros universos. Acredito que o metaverso, hoje, em termos de estratégia, é um novo caminho para nos comunicarmos com um novo público e de forma diferente.

Varejo

Já no mercado de varejo, a R2U lidera as investidas no metaverso. A startup começou suas atividades em 2016 como uma das primeiras empresas homologadas pela Microsoft a desenvolver conteúdo para o Hololens, um óculos de realidade aumentada que teve sua primeira versão disponibilizada no mesmo ano. Hoje, com o metaverso ganhando cada vez mais fôlego, foi natural a busca da empresa por esse mercado e por novas oportunidades.

Agora, a R2U lançou o Converge, plataforma que ajuda varejistas a criar lojas em ambiente virtual, digitalizando seus produtos. “Para nós foi uma coisa natural, uma vez que as tecnologias do ecossistema já estavam todas dentro de casa”, diz Caio Jahara, cofundador e CEO da R2U, sobre as soluções para o metaverso. “É a evolução da internet. Cada vez mais vamos interagir com ela de forma 3D, ao invés de imagens, e estamos desde 2016 preparando nossos clientes para esse mundo em três dimensões. O metaverso é o lugar onde nos relacionaremos, trabalharemos, compraremos, estudaremos e nos divertiremos. Trabalhar para auxiliar empresas a entender este momento e a desenharem e implementarem suas estratégias é o que acreditamos como visão de futuro”.

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