Bloomberg — A Abu Dhabi Investment Authority fechou a equipe que investe em ações latino-americanas como parte de esforços para se concentrar em áreas de maior crescimento, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A ADIA, o terceiro maior fundo soberano do mundo, tomou a decisão no final de março, disseram as pessoas. A mudança afeta sete gestores de portfólio, dois dos quais permanecerão na ADIA em funções diferentes, disseram as pessoas.
O fundo de Abu Dhabi ainda mantém parte de sua exposição a ações da América Latina, mas por meio de mandatos administrados externamente que também incluem o México e a região andina, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a informação é confidencial.
A ADIA não quis comentar.
Nos últimos anos, a ADIA fez uma série de mudanças internas na forma como investe e opera - o fundo fechou sua mesa de renda variável do Japão em 2020 e no ano passado reformulou sua divisão imobiliária.
A equipe da América Latina, liderada pelo ex-executivo da HSBC Asset Management, Eduardo Favrin, fazia parte do departamento de renda variável da ADIA criado em 2020 com a fusão das equipes de ações internas e externas do fundo. Favrin foi nomeado chefe do portfólio da América Latina em 2012.
Estima-se que o fundo soberano detenha mais de US$ 800 bilhões em ativos, segundo a consultoria Global SWF. Nos últimos dois anos, a ADIA contratou dezenas de pessoas com formação em ciências e matemática para reforçar seu conhecimento interno em áreas como inteligência artificial e aprendizado de máquina.
A ADIA foi criada em 1976 para investir as receitas excedentes do petróleo de Abu Dhabi, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Emprega 1.680 pessoas, de acordo com sua revisão anual mais recente.
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