Powell: Aumentos adicionais de juros devem estar na mesa nas próximas reuniões

Banco central americano anunciou a maior alta de juros desde 2000, em resposta à alta inflação do país

Aumento de juros vem na esteira da inflação em alta nos Estados Unidos
04 de Maio, 2022 | 03:35 PM

Bloomberg Línea — O Federal Reserve, banco central americano, decidiu elevar a taxa de juros americana em 0,5 ponto percentual, a primeira alta desta magnitude desde 2000, para o intervalo entre 0,75% e 1%, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (4).

Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, o principal objetivo da autarquia é fazer a inflação voltar a 2% e o atual ritmo está no “caminho certo para retornar a taxa básica de juros a níveis mais normais o mais rápido possível”.

Powell comentou, em coletiva de imprensa após a decisão, que uma redução no balanço de compras de títulos do Fed também será importante e que “os aumentos contínuos das taxas de juros são justificados”.

“Aumentos adicionais de 50 bps devem estar na mesa nas próximas reuniões”, declarou.

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Esse é o segundo aumento de juros consecutivo pelo banco central americano e vem na esteira da inflação alta nos Estados Unidos, potencializada agora pela pressão nas cadeias de produção por conta da guerra na Ucrânia.

Veja os destaques do discurso:

  • Existe uma maneira de diminuir a demanda do mercado de trabalho sem aumentar o desemprego
  • Para o mercado de trabalho, acreditamos que a oferta e a demanda se reequilibrarão
  • Os salários estão altos, especialmente no setor de serviços
  • É perfeitamente possível que o desemprego caia ainda mais
  • Prevejo um aumento na participação do trabalho, o que ajudará a manter a taxa de desemprego em um nível razoável
  • Espero que a criação de empregos diminua
  • Acreditamos que o crescimento do emprego vai parar
  • Prevejo um aumento na participação do trabalho, o que ajudará a manter a taxa de desemprego em um nível razoável
  • Mais pessoas estão retornando ao mercado de trabalho
  • Os EUA estão bem posicionados para lidar com políticas mais rígidas
  • A economia pode resistir ao aperto da política monetária
  • Mais choques de inflação podem estar a caminho
  • Tentaremos não aumentar o já alto nível de incerteza no ambiente
  • Precisamos ser rápidos
  • Estamos nos concentrando em empregar ferramentas para trazer a inflação de volta para onde queremos
  • O principal objetivo para nós é fazer a inflação voltar a 2%
  • Estamos no caminho certo para retornar a taxa básica de juros a níveis mais normais o mais rápido possível
  • Uma redução no balanço também será importante
  • Acreditamos que os aumentos contínuos das taxas de juros são justificados
  • Estamos modificando nossa política e continuaremos a fazê-lo
  • Estamos muito preocupados com as ameaças que a inflação representa
  • Aumentos adicionais de 50 bps devem estar na mesa nas próximas reuniões
  • Estamos bem cientes de que a inflação excessiva é uma fonte de sofrimento
  • As ramificações da guerra Rússia-Ucrânia são altamente incertas
  • A guerra na Ucrânia provavelmente restringirá as economias no exterior e criará repercussões para os EUA
  • As restrições de oferta estão limitando a capacidade de ajuste da produção
  • As interrupções na cadeia de fornecimento são maiores e estão durando mais do que o esperado
  • As dificuldades da cadeia de suprimentos persistem
  • A inflação ainda está bem acima da meta de longo prazo de 2%
  • A demanda na economia está forte
  • Os salários estão subindo no ritmo mais rápido em muitos anos
  • A oferta de mão de obra permanece moderada
  • As melhorias nas condições do mercado de trabalho foram generalizadas
  • O impulso fundamental da economia ainda é robusto
  • O Fomc tem as ferramentas para reduzir a inflação.
  • É fundamental que mantenhamos a inflação baixa para ter um mercado de trabalho vibrante
  • Vemos a dificuldade e estamos trabalhando para reduzir a inflação o mais rápido possível

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.