Quanto o bilionário mexicano Carlos Slim pagou por uma fatia na Oi

América Móvil fechou compra de parte da Oi no Brasil em processo que durou dois anos

Por

Cidade do México — A América Móvil, empresa de telecomunicações fundada pelo empresário mexicano Carlos Slim, concluiu a compra de parte do negócio de telefonia móvel da Oi (OIBR3) no Brasil, processo que levou pouco mais de dois anos.

A Claro, subsidiária da empresa mexicana, informou em comunicado que pagou R$ 3,572 bilhões (US$ 772 milhões) pela operação, da qual também participaram como compradoras as concorrentes Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM Brasil (TIMS3).

“A transação cria valor adicional para a Claro, seus acionistas e clientes, por meio de crescimento, geração de eficiência operacional e melhorias na qualidade do serviço”, disse América Móvil.

O valor gasto pela América Móvil representou 22% do valor final da operação, que representou pouco mais de R$ 15,922 bilhões (US$ 3,444 bilhões), que considerou o total da transação final, segundo informações divulgadas pela Oi, em nota.

O valor final da operação foi superior aos R$ 15,744 bilhões originalmente projetados devido a ajustes relacionados à dívida líquida e capital de giro.

A compra, que permitirá à América Móvil aumentar sua presença no Brasil, levou mais de dois anos para se concretizar desde que a empresa manifestou interesse em licitar em consórcio os ativos em fevereiro de 2020.

O grupo foi selecionado em dezembro de 2020 como vencedor em uma licitação, na qual a Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações, apoiada pelo fundo Colônia Digital, também fez ofertas pelos ativos.

A América Móvil divulgou anteriormente que a compra permitirá adicionar cerca de 32% da base de assinantes do negócio de telefonia móvel da Oi e aproximadamente 4.700 locais de acesso móvel.

O Brasil é o segundo maior mercado para a América Móvil considerando os assinantes móveis, atrás apenas do México. A empresa fechou 2021 com 70,5 milhões de clientes móveis no país sul-americano.

A empresa de origem mexicana também gastou R$ 188 milhões (US$ 40 milhões) nos serviços de transição a serem prestados pelo Grupo Oi, que passou por um processo de reestruturação financeira, a Claro durante o próximo ano.

Leia também

Ídolo do São Paulo é um dos lesados por esquema de falsas debêntures, diz sócio