Stone: Momento ruim de resultados está próximo do fim, diz Credit Suisse

Em relatório, analistas do Credit Suisse dizem que apesar de fraca lucratividade no último trimestre de 2021, a Stone deu uma orientação de um primeiro trimestre “muito melhor”

Guidance positivo para o primeiro trimestre animou investidores (Patrick T. Fallon/Bloomberg)
18 de Março, 2022 | 10:59 AM

Bloomberg Línea — Depois que a Stone (STNE) divulgou seus resultados do quarto trimestre na quinta-feira (17), os analistas do Credit Suisse consideraram que a empresa forneceu um guidance muito melhor para o primeiro trimestre deste ano e que “o momento negativo dos resultados está próximo do fim”.

No quarto trimestre de 2021, a Stone teve um lucro líquido de R$ 34 milhões, aquém dos R$ 65,2 milhões esperados pelos analistas, com margem líquida de 2%, pressionada por maiores custos de captação. Mesmo assim, a empresa teve um crescimento de 55% em TPV (pagamentos processados) e disse que a receita total cresceu 87% ano contra ano.

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O relatório, assinado por Daniel Federle e Victor Ricciuti, considera que apesar do lucro fraco no trimestre passado - o quatro trimestre consecutivo de resultados aquém das expectativas - , a Stone forneceu orientação de lucro ajustado (antes dos impostos) maior do que R$ 140 milhões para o primeiro trimestre, indicando que as margens líquidas devem continuar subindo ao longo do ano.

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Assim, os analistas consideram que o valuation da empresa não é um problema, já que a Stone sugeriu que o primeiro trimestre deve ser o mais fraco do ano. “Assumindo a orientação do primeiro trimestre como piso, nossa estimativa de lucro líquido de R$ 514 milhões em 2022 parece alcançável”, escrevem Federle e Ricciuti. As ações da Stone acumulam queda de 90% desde o pico em fevereiro de 2021. A fintech perdeu US$ 26 bilhões em valor de mercado no ano.

“Se os investidores recuperarem a confiança no impulso dos lucros, isso pode ser favorável para as ações. A Stone está confiante em sua orientação e disse que o primeiro trimestre ainda está ‘longe’ do nível em que as margens devem se estabilizar. Por fim, o produto de crédito foi aprimorado e deve ser retomado até o 2º/3º trimestre”.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups