Sites da Americanas e Submarino começam a semana fora do ar

Companhia suspende parte dos servidores do ambiente de e-commerce após identificar um “acesso não autorizado”

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São Paulo — Os principais sites do grupo varejista Americanas (AMER3) começaram a semana fora do ar. As páginas do Submarino e da Americanas não carregavam, na manhã desta segunda-feira (21).

O problema foi relatado pela companhia em comunicado ao mercado, na tarde de ontem (20), mas começou na madrugada do sábado (19). A empresa disse que voltou a suspender parte dos servidores do ambiente de e-commerce na madrugada do domingo após identificar “acesso não autorizado”.

“As lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas e permanecem operando”, disse Miguel Gutierrez, diretor de relações com investidores.

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A Americanas não informou, na nota, a extensão do incidente nem quando a operação será retomada.

“A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”, cita o comunicado, sem fornecer detalhes.

Sites fora do ar

É a segunda companhia a reportar problema do tipo neste ano na B3. Em janeiro, a locadora de carros Localiza sofreu um ataque cibernético, sofrendo interrupção do seu sistema.

No ano passado, diversas companhias enfrentaram transtorno semelhante, como o grupo de medicina diagnóstica Fleury, a operadora de pacotes de viagens CVC e a seguradora Porto Seguro.

A CVC chegou a ficar metade do mês de outubro com os sistemas afetados pelo ataque hacker, o que prejudicou sua performance no trimestre.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Americanas não tinha imediatamente disponível uma atualização desta segunda-feira, antes da abertura do mercado, sobre o problema que tirou seus sites do ar desde a madrugada de domingo.

A Americanas diz ter uma base de 50 milhões de clientes ativos nos sites e aplicativos da Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato. Os dois últimos sites estão no ar nesta manhã, bem como o aplicativo da Ame, plataforma financeira do grupo que oferece meios de pagamento digitais.

Contexto

As operações digitais dos grupos varejistas ganharam relevância nos últimos anos. Houve um aumento de 14% nas transações digitais realizadas pelos consumidores brasileiros ao longo da pandemia da covid, apontou a Pesquisa Global Insights da Experian, com dados até o ano de 2021.

O estudo revela também que no Brasil, apesar do aumento nas transações digitas, os consumidores estão menos fiéis às marcas no ambiente online, com redução de 16 pontos percentuais (de 69% antes da pandemia para 53% atualmente).

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