Bloomberg — O desemprego na Alemanha caiu em um ritmo muito mais rápido do que o previsto em janeiro, à medida que a economia aceita as restrições de covid-19 para conter infecções crescentes.
O desemprego na maior economia da Europa caiu em 48 mil, empurrando a taxa para 5,1%. Economistas previam uma queda de apenas 6 mil.
“O mercado de trabalho teve um bom começo para 2022″, disse Daniel Terzenbach, responsável pelas regiões da Agência Federal do Trabalho.
Os números desta terça-feira (1) mostram a resiliência da economia alemã, que, após uma forte recuperação inicial da pandemia, agora é prejudicada por gargalos de oferta e preços mais altos. Com os números de infecção por covid-19 atingindo novos recordes, a Alemanha reintroduziu restrições à atividade, visando principalmente pessoas não vacinadas.
A produção alemã contraiu no último trimestre do ano passado e pode não retomar sua recuperação até que a atual onda de vírus passe.
As restrições de oferta estão apenas começando a diminuir gradualmente, e a disseminação da ômicron na Ásia aumenta o espectro de um novo revés para o principal setor manufatureiro da Alemanha. Mais escassez pode continuar a alimentar os aumentos de preços, com a inflação se mostrando inesperadamente forte em janeiro.
Embora o mercado de trabalho tenha conseguido superar esses desafios, o número de trabalhadores dispensados está aumentando desde novembro, mostram estimativas do Instituto Ifo. Em dezembro, 2,6% dos trabalhadores estavam de licença na Alemanha, informou a organização no mês passado.
--Com a colaboração de Harumi Ichikura e Kristian Siedenburg
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