Joe Rogan pede desculpas por controvérsia com Spotify

Podcast mais popular da plataforma divulgou informações enganosas sobre a covid-19, acarretando em retaliações de músicos

Podcaster recebeu diversos céticos quanto à vacina contra covid em seu programa, gerando retaliações e causando a retirada de catálogos de artistas da plataforma
Por Shirley Zhao
31 de Janeiro, 2022 | 11:53 AM

Bloomberg — Joe Rogan prometeu mais equilíbrio e melhores pesquisas para seu podcast, em um pedido de desculpas destinado a reprimir a crescente controvérsia sobre informações enganosas sobre coronavírus que eliminaram quase US$ 4 bilhões do valor de mercado da Spotify (SPOT) na semana passada.

“Se os irritei, sinto muito”, disse Rogan em um vídeo no Instagram, além de agradecer aos ouvintes que gostaram de seu podcast. Ele disse que “se esforçaria mais para atrair as pessoas com opiniões diferentes” e “faria o melhor para ter certeza de que pesquisei esses tópicos, principalmente os controversos, e tenha todos os fatos pertinentes à mão antes de discuti-los”.

Os comentários foram feitos depois que o Spotify publicou suas regras de conteúdo existentes e disse que adicionaria um aviso a qualquer episódio de podcast que inclua uma discussão sobre a covid-19. A gigante do streaming enfrentou uma pressão crescente de alguns usuários e músicos preocupados com a veracidade das informações espalhadas pelo podcaster mais popular da plataforma.

Os cantores Neil Young e Joni Mitchell retiraram suas músicas do Spotify na semana passada em protesto contra Rogan, que já recebeu em seu podcast vários céticos declarados das vacinas contra covid-19. A empresa criou regras que regem o conteúdo aceitável em seu serviço anos atrás e criou um hub com informações sobre o coronavírus no início da pandemia, mas não os tornou públicos até este domingo (30).

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“Quero agradecer ao Spotify por ser tão solidário durante esse período e lamento muito que isso esteja acontecendo e que a empresa esteja recebendo tantas críticas”, disse Rogan.

As ações do Spotify subiam 1,7% nas negociações pré-mercado em Nova York.

--Com a colaboração de Alex Millson.

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--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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